Emmanuel Macron toma posse com “consciência” dos desafios do seu novo mandato

Yoan Valat / EPA

Emmanuel Macron tomou posse, esta manhã, para o seu segundo mandato como Presidente de França, depois de vencer Marine Le Pen na segunda volta das Presidenciais.

O Presidente da República francês, Emmanuel Macron, tomou posse este sábado, no Palácio do Eliseu, afirmando que tem “consciência” dos desafios do seu segundo mandato e que vai agir “sem descanso” para tornar a França e a Europa mais independentes.

“A consciência da gravidade dos tempos acompanham-me, a guerra, a pandemia, há muitos anos que o nosso país não era confrontado com tantos desafios”, reconheceu hoje o Presidente da República no seu discurso de tomada de posse no Palácio do Eliseu.

Macron ganhou as eleições presidenciais de 24 de abril com mais de 18 milhões de votos e foi hoje formalmente proclamado Presidente da República no Salão de festas do Palácio do Eliseu, em Paris, numa cerimónia com 450 convidados.

“Vou agir sem descanso com um objetivo, de fazer da França uma nação mais independente, de viver melhor e de construir respostas francesas e europeias aos desafios do nosso século”, sublinhou o Presidente.

Para o chefe de Estado, esta é uma época que se deve enfrentar “sem falsas quimeras”, salientando que, nas presidenciais, a França fez uma escolha por “um projeto republicano e europeu”.

Num curto discurso, algo pouco habitual no Presidente francês, Emmanuel Macron garantiu ainda que foi eleito por “um povo novo” e que é um “novo Presidente”, prometendo não impor reformas, mas “associar todos” para criar um novo contrato social em França.

O Presidente foi formalmente empossado por Laurent Fabius, presidente do Conselho Constitucional, que acabou por se enganar ao dar o número total de votos, mas deixou as palavras de Victor Hugo como aviso para este segundo mandato de Emmanuel Macron: “Nestes tempos conturbados, sejamos servidores do Direito e escravos do dever”.

Entre os convidados que estiveram no Palácio do Eliseu estavam os antigos Presidentes Nicolas Sarkozy e François Hollande, assim como o primeiro-ministro, Jean Castex, e membros do Governo, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yvres Le Drian, o ministro da Saúde, Olivier Véran, ou a ministra da Igualdade, Elisaceth Moreno.

Também o antigo primeiro-ministro de Jacques Chirac, Jean-Pierre Raffarin, ou o autarca de Nice, Christian Estrosi, duas figuras emblemáticas da direita que se juntaram a Emmanuel Macron, marcaram presença.

O segundo mandato de Emmanuel Macron começa formalmente a 14 de maio.

ZAP // Lusa

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