Há um novo sistema que vai proteger as vinhas e os olivais de Alijó e Saborosa. Os dois municípios do distrito de Vila Real querem evitar estragos nas vinhas e nos olivais do planalto duriense. Nos últimos anos, o granizo tem sido a principal dor de cabeça.
O projeto envolve também a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) bem como da Associação dos Viticultores Profissionais do Douro (Prodouro), e vai ter um custo de 1,2 milhões de euros.
Ao ECO, o presidente da Câmara Municipal de Alijó, José Rodrigues Paredes, manifestou a vontade de ter o sistema de defesa contra o granizo com um nível de eficiência de 80% implementado já no próximo ano.
O objetivo é evitar o mais rapidamente possível os estragos que o granizo faz, já que a viticultura tem um peso significativo na economia do município – representa cerca de 80% a 90% da faturação do concelho – e, além disso, é um ponto de atração turística.
“Alijó é o concelho com maior produção de vinho e azeite da Região Demarcada do Douro”, revelou o autarca. O Instituto do Vinho e da Vinha revelou que em 2022 foram produzidos 25.639.800 litros de vinho.
Como vai funcionar?
É um sistema composto por um radar de grande amplitude e 24 estações meteorológicas fixas, em locais estratégicos.
O radar vai detetar a aproximação da massa de ar que ameaça trazer granizo e, de seguida, “é emitido um sinal para as estações meteorológicas que disparam para a atmosfera um balão de hélio, que transporta uma carga de sais minerais, que dissolvem o gelo e cai água em vez de granizo”, explica José Rodrigues Paredes.
Espera-se que o novo sistema antigranizo venha atenuar os estragos provocados pelo granizo, que costuma fustigar os terrenos e causar prejuízo aos produtores de vinho e azeite dos concelhos de Alijó e Sabrosa.
O projeto vai ser apresentado pelo presidente da Câmara Municipal de Alijó, na Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos, que vai decorrer, entre 16 e 18 de junho, na cidade transmontana.