“Lucros para a Microsoft” em vez de beneficiar Humanidade. Musk processa criadora do ChatGPT

TedX/Youtube

Bilionário acusa OpenAI, criadora do ChatGPT, de “servir os interesses comerciais proprietários da Microsoft” em vez de trabalhar para “beneficiar a humanidade”, como previsto quando ajudou a criar a empresa.

A responsável pelo ChatGPT, OpenAI, está a ser processada pelo multibilionário Elon Musk, que alega que a empresa põe os lucros à frente da humanidade.

Quando ajudou, em 2015, a fundar a empresa de Sam Altman — também processado pelo dono SpaceX —, Musk acordou certos princípios com o CEO, que agora, diz, foram violados, nomeadamente a sua missão original que seria ser uma organização sem fins lucrativos e de código aberto.

Em vez de trabalhar para “beneficiar a humanidade”, como previsto, a OpenAI foca-se hoje em “maximizar lucros” para o seu maior investidor — a Microsoft, argumenta o processo avançado em São Francisco por Musk.

“Este caso serve para obrigar a OpenAI a aderir ao Acordo de Fundação e voltar à sua missão de desenvolver AGI [inteligência geral artificial] para o benefício da humanidade, e não para beneficiar pessoalmente os réus individuais e a maior empresa de tecnologia do mundo,” lê-se o processo.

“Serve os interesses da Microsoft”

Reguladores dos EUA deram início a uma investigação ao criador do ChatGPT de forma a apurar se os investidores foram enganados, relata o The Wall Street Journal esta quarta-feira. Altman, na verdade, tem vindo a ser expulso da direção. Em novembro passado, anunciou a saída para a Microsoft, mas voltou dias mais tarde.

A direção acusava o co-fundador e diretor da empresa de não ser “consistentemente franco nas suas comunicações” com a direção da empresa e confessou ter “perdido a confiança” na sua liderança. A Microsoft envolveu-se e ofereceu emprego a qualquer funcionário que deixasse a OpenAI.

Musk, que manifestou a sua preocupação com a situação, destaca no novo processo que estes “surpreendentes desenvolvimentos” mostram a crescente influência da Microsoft sobre a empresa de Altman.

A sua tecnologia, incluindo o GPT-4, é de código fechado principalmente para servir os interesses comerciais proprietários da Microsoft,” acusa o bilionário no processo, segundo a BBC.

A parceria com a Microsoft é longa. Recua a 2019, quando entrou um investimento inicial de mil milhões de dólares. Foi nessa altura que a empresa, antes a operar sem fins lucrativos, anunciou uma estrutura de “lucro limitado”, aberta a investimento.

A parceria foi alargada para vários anos (e milhões), em janeiro.

ZAP //

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