E se os astronautas da Starliner nunca voltarem à Terra?

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Cristobal Herrera-Ulashkevich/ EPA

Membros da tripulação do voo do Boeing da NASA, Butch Wilmore (à esquerda) e Suni Williams (à direita).

O regresso à Terra dos dois astronautas que viajaram em junho na primeira missão tripulada da nave Starliner da Boeing à Estação Espacial Internacional (ISS), que teve falhas de propulsão e fugas de hélio, ainda é incerto.

O regresso à Terra dos astronautas que, no início de junho, viajaram na Starliner ainda é incerto.

Não se sabe se, nem quando, nem como é que o esse regresso vai ser possível.

Numa conferência de imprensa feita esta quarta-feira, a NASA informou que continua a analisar os dados dobre o sistema de propulsão da nave Strarliner para avaliar as “opções de regresso”.

Os astronautas Barry ‘Butch’ Wilmore e Sunita ‘Suni’ Williams cumprem esta quinta-feira setenta dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla original). São quase oito semanas mais do que o tempo previsto.

“Se a NASA intervir e disser ‘Agora queremos que a nossa tripulação regresse a casa noutro veículo’, isso, por si só, não deve ser classificado como um acidente”, alertou Rus DeLoach, diretor do gabinete de Segurança e Garantia de Missão da NASA.

O atraso no regresso “não significa necessariamente que tenhamos de o classificar como um acidente”, sublinhou DeLoach na teleconferência com a imprensa.

De acordo com a NASA, atualmente, a melhor opção possível é Wilmore e Williams permanecerem em órbita.

Embora a missão se tenha tornado muito mais longa do que a semana originalmente prevista, os dois astronautas dizem estar ótimos.

A estação espacial tem provisões suficientes para acomodar dois astronautas extra durante o tempo que for necessário — e é imensamente mais barato do que montar uma missão de salvamento com uma cápsula vazia.

A 7 de agosto, a NASA revelou que estava a avaliar a possibilidade de trazer os dois astronautas de volta em fevereiro de 2025 a bordo de uma cápsula Dragon da SpaceX.

O administrador associado da Direção de Missões de Operações Espaciais da NASA, Ken Bowersox, disse que as equipas estão a analisar em profundidade todos os dados e as reações dos especialistas em sistemas de propulsão para planear “opções de regresso”. Bowersox espera que a análise esteja concluída em meados ou no final da próxima semana, mas com alguma flexibilidade.

Acrescentou que a NASA tem “tempo disponível antes de trazer o Starliner para casa” e que pretende utilizar esse tempo “de forma sensata neste momento”, enquanto os astronautas estão “muito ocupados” a bordo da ISS e “tão ansiosos” como eles para tomar uma decisão.

ZAP // Lusa

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