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Dubai vai construir uma cidade marciana no deserto

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(dr) Bjarke Ingels Group

Mars Science City

O Dubai tem em mãos um projeto ambicioso: a construção de uma cidade marciana. O projeto foi apresentado por uma empresa sediada em Copenhaga e Nova Iorque e é uma parte do plano dos Emirados Árabes Unidos de colonizar Marte nos próximos 100 anos.

Na impossibilidade de irem até ao Planeta Vermelho, um conjunto de arquitetos decidiu arregaçar as mangas e recriar a ideia de uma cidade marciana em pleno deserto, nos arredores do Dubai.

O Mars Science City foi projetado para cobrir 176 mil metros quadrados de deserto, o equivalente a mais de 30 campos de futebol, e terá um custo aproximado de 120 milhões de euros.

Segundo a CNN, este projeto contempla a criação do Centro Espacial Mohammed Bin Rashid do Dubai (MBRSC) que visa desenvolver a tecnologia necessária para colonizar Marte nos próximos 100 anos. Foi com esse propósito que os arquitetos da Bjarke Ingels Group (BIG), empresa sediada em Copenhaga e Nova Iorque, apresentaram uma proposta para projetar no deserto um protótipo de uma cidade marciana.

Os especialistas tiveram de ter em consideração o facto de Marte ter uma atmosfera fina: pelo facto de haver pouca pressão de ar, os líquidos evaporam-se rapidamente. Além disso, não existe campo magnético e, como consequência, há pouca proteção à radiação solar.

Jonathan Eastwood, diretor do Laboratório Espacial do Imperial College London que não está ligado a este projeto, explicou que a possibilidade de se poder viver no Planeta Vermelho vai muito além dos aspetos técnicos. “O maior desafio não é de engenharia ou científico, mas humano. Ou seja, não é só saber como é possível sobreviver, mas também saber como é possível prosperar.”

Ainda assim, a equipa do Bjarke Ingels Group decidiu superar os desafios colocados em Marte. Desta forma, para manter uma temperatura confortável e uma pressão de ar habitável, a cidade seria composta por cúpulas pressurizadas, cobertas por uma membrana de polietileno transparente. Cada uma das cúpulas receberia oxigénio produzido por uma instalação de eletricidade no gelo subterrâneo.

À medida que a população crescesse, as cúpulas iriam ficar juntas para formar aldeias e cidades em forma de anéis. As cidades poderiam ser alimentadas e aquecidas usando energia solar e a atmosfera fina poderia ajudar as cúpulas a manter a temperatura.

Os engenheiros explicaram à CNN que os edifícios teriam uma sala debaixo do solo marciano, a uma profundidade até seis metros, para que as pessoas se pudessem proteger da radiação ou de meteoros. Nessas salas poder-se-iam construir “claraboias que poderiam ter aquários”. As janelas de água protegeriam os habitantes da radiação e permitiriam a entrada de luz nessas salas.

“A ideia de proteger gradualmente da radiação é sensata e a ideia das janelas de água é bastante elegante”, disse Jonathan Eastwood.

ZAP //

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5 Comments

  1. É interessante verificar como o ser humano subestima o planeta habitável onde vive há milhares de anos e se empenha em inventar hipóteses de vida onde pelos vistos não existe condições para tal. Importa ainda acrescentar que a loucura do dinheiro do petróleo nos países árabes, também eles com as condições mais desfavoráveis de habitabilidade no planeta, leva-os a projectos megalómanos que muitas vezes pouco ou nada correspondem a precaver o seu futuro após o esgotamento do mesmo.

  2. Será que não é mais fácil reparar o mundo em que vivemos, totalmente adaptados, do que criar um de raíz? De resto, se querem ir, boa viagem. Só não levem a m”#&- do Corão. Já chega de problemas neste planeta por causa das religiões

  3. Eu diria que um projecto destes é simplesmente ESCANDALOSO! É pá, tanta gente a morrer de fome e esses a esbanjar! Afinal, que mundo este? E que gente é esta?

    • Já pensou que tudo o que diz pode ter razão mas por outro lado também pode não fazer qualquer sentido. Como refere, e bem, ao “esbanjar” vai criar postos de trabalho, dar dinheiro a ganhar a alguém. Se ficassem com o dinheiro enfiado num cofre é que estariam a fazer mal ao mundo. Ao gastarem, promovem empregos e dão de comer a muitas famílias.

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