Há mais duas universidades privadas a querer ter um curso de Medicina

A CESPU e Universidade Fernando Pessoa querem seguir o mesmo caminho que a Universidade Católica e abrir um curso de Medicina.

Depois da Universidade Católica ter aberto o curso de Medicina este ano, há mais duas universidades privadas a querer ter o curso. A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (​CESPU) e a Universidade Fernando Pessoa submeteram os seus pedidos de autorização no mês passado, avança o Público.

Ainda nenhuma universidade pública apresentou uma candidatura, embora o ministro Manuel Heitor tenha dito que esperava ter três novas escolas médicas em 2023.

Esta não é a primeira vez que tanto a CESPU como a Fernando Pessoa tentam abrir um curso de Medicina. A CESPU, por exemplo, já apresentou seis propostas à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). No entanto, a instituição universitária nunca conseguiu autorização para avançar com a abertura do curso.

Medicina é “o único curso de saúde que não temos”, lamenta o presidente da instituição, António Almeida Dias. A CESPU tem Medicina Veterinária, Medicina Dentária e Farmácia, além de Ciências Biomédicas, que após três anos de formação permite aos alunos entrar diretamente no quarto ano de um curso de Medicina em cinco universidades espanholas, com as quais a CESPU tem acordos.

A ideia é trazer este processo para a CESPU. O curso teria sete anos, mais um do que o normal. A intenção é que receba 60 novos alunos por ano.

A Universidade Fernando Pessoa também confirmou que submeteu um pedido de autorização, mas não revelou detalhes sobre o curso. A universidade portuense já tinha apresentado propostas para abrir um curso de Medicina, em 2010 e 2012.

Em setembro, em entrevista ao Diário de Notícias, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, salientou a necessidade de aumentar o número de clínicos formados no país. Para tal, disse que esperava chegar a 2023 com três novas escolas médicas: em Aveiro, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro.

Daniel Costa, ZAP //

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