Portuguesas DST e Sing entregaram proposta para comprar a Efacec

(dr) efacec.pt

A Parpública anunciou, esta quarta-feira, ter recebido duas propostas no âmbito do processo de reprivatização da Efacec, da DST SGPS e da Sing – Investimentos Globais, de acordo com um comunicado publicado no site do grupo.

“No seguimento do Processo de Reprivatização de 71,73% do capital social da Efacec Power Solutions, SGPS, S. A., a Parpública – Participações Públicas (SGPS) SA informa que recebeu, no prazo estabelecido, ou seja, até às 13h00 do passado dia 19 de julho, duas propostas vinculativas por parte das entidades DST – SGPS SA e Sing – Investimentos Globais SGPS SA, as quais serão analisadas nos termos e para os efeitos do disposto na Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2020, de 21 de Dezembro”, lê-se na nota.

O jornal online ECO já tinha noticiado que os investidores egípcios, chineses e espanhóis tinham desistido do processo, restando apenas os portugueses DST e Sing – Investimentos Globais, o que agora se confirma.

A mesma publicação avançou que a desistência podia estar relacionada com a degradação das contas da empresa, que fechou o ano passado com uma dívida financeira de 184,2 milhões, mais 63,1 milhões face ao ano anterior.

No final de junho, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse estar confiante de que o processo de privatização iria estar concluído “dentro do prazo previsto”. O governante sublinhou que a Efacec teve um primeiro trimestre “muito bom” em termos de faturação e de margem, mas que precisa de encontrar “um destino estratégico, uma liderança e a capacidade de assegurar a sua robustez financeira”.

“O que tem de ser feito pelos novos donos da empresa na segunda fase do processo de privatização”, acrescentou.

Recorde-se que a aprovação em Conselho de Ministros do decreto de lei para nacionalizar 71,73% do capital social da Efacec decorreu da saída do capital de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos, na sequência do seu envolvimento no caso Luanda Leaks.

Esta semana, o Jornal de Negócios também avançou que a empresária angolana não vai receber qualquer indemnização pela nacionalização da empresa, uma vez que as avaliações concluíram que a participação com que o Estado ficou tinha, na altura da nacionalização, um valor negativo.

ZAP // Lusa

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