Um robô subaquático, que anda a desvendar os segredos do Lago Ness, na Escócia, deparou-se com aquilo que poderia ser mesmo o famoso monstro. E era mesmo, mas só que em formato de um boneco feito para um filme.
A réplica do monstro do Lago Ness, descoberta pelo drone da empresa Kongsberg Maritime, tem mais de nove metros e foi feita para o filme de 1970 “A vida privada de Sherlock Holmes”, do realizador Billy Wilder.
Afundou-se durante as filmagens, supostamente depois de o cineasta ter removido umas bossas que não lhe agradavam e que mantinham a sua flutuação, e esteve desaparecida durante todos estes anos.
Este drone, baptizado “Munin” e com o formato de um míssil, anda a estudar as profundezas do Lago Ness e já tinha descoberto os destroços de um barco naufragado. Também já deitou por terra a tese de que teria uma trincheira misteriosa, onde um monstro se poderia esconder.
No âmbito do projecto “Operation Groundtruth”, o robô subaquático é peça fundamental naquela que é a primeira grande pesquisa de alta resolução no Lago de 230 metros de profundidade.
“O veículo está a disponibilizar uma visão das profundezas do Lago como nunca se tinha imaginado antes”, nota o engenheiro da Kongsberg Maritime, Craig Wallace, em declarações divulgadas pelo Discovery News.
Antes das pesquisas do “Munin”, já tinham sido descobertos no Lago Ness um avião bombardeiro da II Guerra Mundial, um barco de pesca com 100 anos e uma lancha usada, em 1952, para tentar bater um recorde do mundo.
O drone junta-se à imensa lista de investigações científicas que já passaram pelo Lago Ness e, até agora, ainda não detectou quaisquer sinais do famoso monstro, cujos primeiros relatos datam do século VI.
Mas, independentemente do que quer que se descubra, a lenda do “Nessie” deverá continuar a garantir uma média de 76 milhões de euros de retornos anuais, em dividendos do turismo, à Escócia.
SV, ZAP