Dragão supersónico resolve cedo

Manuel Fernando Araújo / Lusa

O FC Porto recebeu e venceu, na tarde deste sábado, o Rio Ave, por 2-0, em jogo a contar para a 3.ª jornada da I Liga. Galeno e Nico González apontaram os golos dos dragões.

Ainda nos estávamos a sentar e já o FC Porto estava a ganhar, num dos golos mais rápidos que vimos na Liga portuguesa, aos 18 segundos.

O “dragão” foi dominador, dinâmico, perigoso e sabia muito bem o que queria e fazia, ampliou e só não fez mais golos porque Jhonatan Siqueira, guardião dos vila-condenses, fez uma grande exibição.

O Rio Ave não vence fora de casa na Liga há 25 jogos.

Já o FC Porto ainda não sofreu golos esta temporada no campeonato. Agora, vem aí o “clássico” com o Sporting.

Decidido bem cedo

Logo aos 18 segundos ficámos com a sensação de que o jogo estava resolvido, com o golo de Galeno que apanhou muita gente desprevenida.

O Porto jogava solto, com belas dinâmicas, a defender, a atacar e a contra-atacar em bloco e com os seus jogadores em movimentações constantes.

Já com 2-0 (Nico González de fora da área), a diferença de desempenhos era tal que o treinador do Rio Ave, Luís Freire, procedeu a três substituições em simultâneo logo aos 37 minutos, mas pior ficou a seguir com com a expulsão (duplo amarelo) de Patrick William perto do descanso.

No segundo tempo os “dragões” abrandaram um pouco o ritmo, deixando o Rio Ave subir com mais frequência, ainda assim sem os visitantes realizarem remates. Os “azuis-e-brancos” continuavam, contudo, a rematar muito (e bem) e a serem mais perigosos, dando a ideia de que o cariz da partida não iria mudar substancialmente até final. E não mudou.

O Jogo em 5 Factos

1. Impressionante competência no remate

O Porto rematou muito, nada menos que 23 vezes, mas o mais impressionante é que enquadrou mais de metade desses disparos (12), fixando novo máximo deste campeonato.

2. Primeira equipa com… zero remates

Este não foi um jogo bom para o Rio Ave. Entrou a perder, nunca conseguiu travar as progressões e combinações portistas, fez três substituições e viu um jogador expulso, tudo antes do intervalo. E terminou o jogo sem qualquer remate tentado, a primeira vez que tal acontece na Liga 24/25.

3. Sem chegar à área portista

Outro dos sintomas dos problemas visitantes é o facto de a equipa vila-condense ter fixado um novo mínimo de ações com bola na área contrária: quatro.

4. Desperdício portista a imitar “leão”

Esta sexta-feira, o próximo adversário do Porto no campeonato, o Sporting, havia fixado novo máximo de ocasiões flagrantes falhadas (5). O “dragão” não quis ficar atrás neste detalhe negativo e atingiu o mesmo número. Culpa, também, de Jhonatan.

5. Clayton foi presa fácil

O avançado do Rio Ave, Clayton, esteve desamparado e foi presa fácil para a defesa portista. Ao todo disputou 18 duelos individuais e perdeu 15 (!). Os que ganhou forem três (de quatro) duelos aéreos defensivos.

Melhor em Campo

O homem que evitou a goleada portista. Jhonatan Siqueira foi o melhor em campo – numa disputa renhida com Galeno.

O guarda-redes do Rio Ave fez impressionantes dez defesas, novo recorde desta Liga, seis a remates na sua área, quatro após disparos a menos de oito metros de distância e evitou quatro ocasiões flagrantes.

No total evitou quase três golos (2,5, defesas – xSaves).

Resumo

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