Dragão sofrível perde mais três pontos

MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Terceira derrota consecutiva para o Porto em todas as competições, segunda na Liga, desta feita por 3-1 frente ao Gil Vicente. À semelhança do jogo com o Nacional, o “dragão” continua apagado.

FC Porto incapaz de materializar o expectável favoritismo com que parte para as partidas. Erros e apatia defensiva voltam a deitar tudo a perder. Borges contra a maré quase salvava um ponto, mas Otávio “afundou” a equipa após revisão VAR.

Na deslocação a Barcelos os portistas podiam ter chegado ao golo logo aos nove minutos por intermédio de Samu, com Sandro da Cruz a salvar em cima da linha. Pouco depois, aos 11 minutos, numa transição rápida, Félix Correia e Kanya Fujimoto (que flectiu do corredor direito até receber perto de Félix na esquerda sem qualquer acompanhamento) construíram a jogada que culminou no golo de Pablo em carrinho na pequena área.

O desenho deste lance reflete o resto da primeira parte do “dragão”, uma equipa instalada no meio-campo adversário, sem ideias, exposta às transições rápidas do trio da frente dos gilistas (duas ocasiões flagrantes). A apatia portista fica patente nos poucos duelos ganhos nesta fase, apenas 19, os “galos” iam metendo a “capoeira” em ordem com 36.

Gonçalo Borges rendeu o apagado Galeno ao intervalo e, apenas três minutos volvidos, empatou a partida num remate em arco. No entanto, a reacção portista viria a durar apenas cinco minutos com um novo momento de apatia defensiva a permitir o desvio de cabeça de Rúben Fernandes para o segundo poste, onde Josué Sá finalizou à vontade, recolocando o “galo” na frente.

A partida foi aquecendo, com a frustração “azul-e-branca” a traduzir-se, à semelhança da primeira parte, em bastantes acções faltosas. Nico viria a ser expulso após entrada imprudente e, quando Gonçalo Borges empatou a partida, o lance foi anulado após análise VAR, pois foi precedido de acção faltosa de Otávio. Penálti para Félix Correia a fechar o resultado em 3-1 (Samu ainda acabou expulso no pós jogo).

O Jogo em 5 Factos

1. Onde está o… Samu?

Os “dragões” usaram e abusaram dos cruzamentos, atingindo um novo máximo da equipa na Liga com 28, sendo que 24 não tiveram o melhor destino (igual máximo negativo da Liga). Já Samu, esteve nos quatro que chegaram aos destino, convertendo todos em remates de cabeça, igualando Diomande no máximo da Liga.

2. Ganhar os duelos individuais

Diz-se que para ganhar um jogo é necessário ganhar os duelos individuais. Vítor Bruno tinha prometido que os seus jogadores iriam “deixar a pele em campo”, mas no entanto os gilistas ganharam 62 duelos em detrimento dos 43 dos “portistas”.

3. Do nevoeiro para a fumaça

Exibição “cinzenta” dos “dragões”, como mostra o rating médio colectivo de 4.96, muito perto do pior “dragão” (4.82).

4. Descontrolo emocional

Com 18 faltas cometidas, os “dragões” igualaram o seu máximo na Liga, num jogo com nove cartões (dentro do campo). O Porto não só perdeu três pontos como também Nico e Samu para os próximos jogos.

5. “Galo” sabe bicar

Os gilistas dispuseram de quatro ocasiões flagrantes em apenas oito remates, já os “azuis-e-brancos”, em 18 remates, não contabilizaram nenhuma.

Melhor em Campo

O filho do ex-jogador portista Pena concluiu da melhor forma uma excelente jogada entre Félix e Fujimoto, a enviar a bola para o fundo das redes de Diogo Costa em carrinho já na pequena área. Ganhou 11 dos 18 duelos que disputou, tendo sido o jogador que mais duelos disputou e mais venceu na partida. “Deixou a pele” em campo, dando muito trabalho à defesa portista, tendo sido parado em falta cinco vezes (máximo da partida).

Resumo

 

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