“Cortou-me o pescoço”. Dono dos cabeleireiros Sanjam acusa “ex-filha” de roubo e traição

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O fundador do grupo de cabeleireiros Sanjam acusa a sua filha Joana Santos de desviar dinheiro da empresa e de um golpe palaciano.

O Grupo Sanjam é uma rede nacional de cabeleireiros que nasceu em 1990 com o seu primeiro salão no Porto. Atualmente tem 13 salões Sanjam e dois Sanlux nos principais centros comerciais no norte e sul do país. É considerada uma das maiores cadeias de cabeleireiros do país.

“Há a cidade proibida na China e aqui são as fotografias proibidas da minha ex-filha, que me traiu. Depois de lhe ter dado tudo, ela cortou-me o pescoço. Fiquei sem nada”, revelou Nuno Santos, fundador da empresa, em declarações à Sábado.

O empresário refere-se à sua filha Joana Santos, que à revelia do pai assumiu o comando das empresas.

Além do pai, também o irmão mais velho acusa Joana de desvio de dinheiro para offshores e traição, ao aliar-se com Massimo Buttiglieri, na altura seu companheiro e sócio na empresa, conta a revista. Joana e Massimo passaram a assumir 64,1% do capital social da Sanjam.

“A Joana chamou-me a casa dela, e disse-me que queria o nosso pai fora da empresa. Fiquei chocado. Percebi que tinha a ver com transferências, que tinha feito para uma empresa na Bulgária, em regime praticamente de offshore e que o nosso pai tinha começado a questionar”, disse Nuno Ricardo Santos, o irmão mais velho, que também foi afastado das empresas do grupo.

A Autoridade Tributária está a investigar cerca de 700 mil euros de faturas fictícias, envolvendo um suposto estudo de expansão do grupo de cabeleireiros.

À Sábado, Joana Santos desmente as acusações, explicando que “o dinheiro voltou todo para as empresas e os impostos foram pagos”.

Joana Santos / Instagram

Massimo Buttiglieri à esquerda, com Joana Santos, ao centro.

Nuno Ricardo Santos garante que, nos últimos cinco anos, tanto ele como o pai não receberam um único cêntimo da empresa.

“É uma vergonha”, atira, acusando a irmã de desviar cerca de 600 mil euros pedidos a fundo perdido para apoiar a empresa no âmbito da covid-19. Pai e filho argumentam que o dinheiro foi desviado para Joana e Massimo Buttiglieri, “que auferem agora por ano, cerca de meio milhão de euros”.

Em declarações à revista Sábado, Joana Santos defende ter um salário “perfeitamente normal”. Nuno Santos não se mostra convencido, salientando que a filha vive na Quinta Patino, “um dos mais luxuosos condomínios privados de Portugal, numa moradia avaliada em cerca de 4 milhões de euros”.

Além disso, “as filhas estudam num dos colégios mais caros do país” e Joana ainda tem “dois apartamentos no Lake resort de Vilamoura”.

O caso segue agora em tribunal, com mais de noventa processos a decorrerem.

ZAP //

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