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Dono do prédio que ruiu e matou 1135 pessoas pode responder por homicídios

rijans / Flickr

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O proprietário do prédio de nove andares que desabou e matou 1.135 trabalhadores fabris, em abril do ano passado, em Bangladesh, pode enfrentar acusações de homicídio, informou hoje a polícia.

Sohel Rana, o proprietário do complexo fabril Rana Plaza, na periferia da capital do país, Daca, é uma das 40 pessoas que estão envolvidas no desastre, disse o investigador principal do caso, Bijoy Khishna Kar.

“Estamos a planear imputar a Sohel Rana acusações de homicídio e a mais alguns envolvidos”, disse Kar, chefe do departamento de investigação criminal de Bangladesh, acrescentando que está convicto que Rana poderia ser sentenciado à pena de morte.

É a primeira vez que a polícia diz que poderá apresentar acusações contra Rana, que foi preso na fronteira oeste da Índia quando tentava sair do país, dias depois do desastre de 24 de abril.

Rana, que é um membro menor no partido Liga Awami, tornou-se o “inimigo público número um” após os sobreviventes contarem que milhares deles foram forçados a entrar no complexo no início do dia de trabalho, apesar das reclamações sobre as rachaduras que apareceram nas paredes do prédio.

Entre os outros que deverão ser acusados está o pai de Rana, que é coproprietário do prédio, e cinco chefes das fábricas de vestuário do complexo, que ignoraram as rachaduras nas paredes do edifício.

Entre os cinco, está David Mayor, um cidadão espanhol que estava fora do país na altura do acidente, disse Habibur Rahman, um outro investigador do caso.

“A nossa investigação está quase terminada. Nós queremos encerrar o nosso trabalho antes do primeiro aniversário da trágedia de 24 de abril, mas até mesmo escrever as notas do caso tem-se revelado uma tarefa enorme”, disse Rahman.

O colapso do prédio de nove andares foi o pior acidente da indústria no Bangladesh.

As fábricas de vestuário do complexo trabalhavam para várias marcas internacionais.

/Lusa

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