O Presidente dos Estados Unidos já não corre o risco de contagiar terceiros com covid-19, declarou no sábado o médico Sean Conley, nove dias depois de Donald Trump ter obtido um teste positivo para a doença.
“Esta noite [sábado], é com satisfação que anuncio que, além de o Presidente preencher todos os critérios para o fim em segurança do isolamento, à luz dos padrões atualmente reconhecidos, também já não corre o risco de transmitir (o vírus) a outras pessoas”, afirmou Conley, referindo-se aos critérios dos CDC (Centros de prevenção e de luta contra as doenças), principal agência federal norte-americana em matéria de saúde pública.
De acordo com o mesmo comunicado, novos testes mostraram que Trump “já não apresenta o índice de replicação ativa do vírus” e que a carga viral está “a diminuir”.
O Presidente norte-americano já não tem febre e os sintomas melhoraram, acrescentou o médico da Casa Branca, salientando que Trump ia continuar a ser acompanhado no regresso a um ritmo normal de atividade.
Hospitalizado durante três dias, Donald Trump regressou no sábado à campanha eleitoral para as presidenciais de 3 de novembro, com um discurso na Casa Branca, proferido perante várias centenas de apoiantes.
“Estou bem!” afirmou Trump, no início de uma intervenção de cerca de 20 minutos.
A Casa Branca anunciou que o Presidente vai retomar no início da semana os comícios de campanha, com um ritmo intenso: Florida (sudeste) na segunda-feira, Pensilvânia (nordeste) na terça e Iowa (centro oeste) na quarta.
O regresso aos eventos públicos
Foi neste sábado que Trump protagonizou a sua primeira aparição pública num balcão da Casa Branca desde que saiu do hospital.
No decurso de um evento público que se assemelhou a um comício eleitoral, Donald Trump, que surgiu sem máscara, disse que se sente bem e assegurou que o coronavírus “vai desaparecer”, que está “em vias de desaparecer”, perante cerca de duas mil pessoas que ecoavam “Mais quatro anos”.
“Quero que saibam que a nossa nação vai vencer este terrível vírus chinês”, insistiu o Presidente norte-americano, perante os apoiantes, muitos com máscara, mas sem considerarem o distanciamento social.
“Produzimos terapias e medicamentos poderosos, curamos os doentes, vamos recuperar e a vacina vai chegar muito, muito depressa, num tempo recorde”, assegurou.
“A ciência e a medicina vão erradicar o vírus chinês uma vez por todas, vamos livrar-nos do vírus em todo o mundo. Estão a ocorrer fortes fluxos na Europa, no Canadá (…) mas isso vai desaparecer, está em vias de desaparecer e as vacinas vão ajudar”.
No seu breve discurso, o chefe da Casa Branca foi de novo particularmente crítico face às correntes da “esquerda” e do “socialismo”, numa abordagem em termos gerais, e assegurou que “nunca permitiremos” que assumam o poder.
Donald Trump, que tomou posse com 70 anos após vencer as presidenciais de novembro de 2016, confirmou ter testado positivo à covid-19 na semana passada.
Nas últimas 24 horas, os Estados Unidos registaram 735 mortes devido à covid-19 e mais 51.069 casos da doença, o que elevou para 214.305 o número total de óbitos e para 7.709.628 o de casos contabilizados desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e nove mil mortos e perto de 37 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
ZAP // Lusa
Melhor dizendo, os outros é que não correm o risco de serem infetados pelo Donald Trump.