Documento prova que CGD perdoou dívida ao deputado do PS Carlos Pereira

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Homem de Gouveia / Lusa

Carlos Pereira, PS-Madeira

Carlos Pereira e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) negaram que o banco tenha perdoado parte de uma dívida do deputado do PS, mas há um documento que prova o contrário.

Em causa está uma dívida à CGD da empresa BKAT Consulting que foi declarada insolvente em Maio de 2015. Carlos Pereira era um dos avalistas desse crédito, tal como a sua mulher e mais quatro pessoas.

O valor da dívida era de 181.654 euros e o Tribunal do Funchal emitiu uma notificação de pagamento em Fevereiro de 2022. Como a empresa não pagou, a CGD avançou para a execução dos valores junto de Carlos Pereira e das restantes cinco pessoas.

A Caixa acabou por receber 115.946 euros, perdoando 66 mil euros da dívida, como avança o Correio da Manhã (CM) que teve acesso ao documento que comprova o perdão parcial do crédito.

Este documento é uma “reclamação da CGD contra a remuneração solicitada pela agente de execução”, destaca ainda o jornal.

“Anteriormente à instauração da acção executiva já haviam sido iniciadas negociações entre a Exequente [CGD] e os Executados, que se prolongaram após a instauração da acção e culminaram com a aprovação, em Março de 2022, de uma solução para liquidação extrajudicial de parte da dívida, com perdão do remanescente”, refere-se no documento como cita o CM.

Assim, este documento contraria as versões do deputado e da CGD.

Carlos Pereira tinha dito que “é falso que tenha havido um perdão” ou qualquer “favorecimento” por parte do banco público.

Também a CGD garantiu que “não houve perdão de dívida”, uma vez que “o acordo foi efectuado pelo valor que, à data, considerou legalmente devido”. “No acordo, a CGD foi totalmente ressarcida do capital que emprestou acrescido dos juros à taxa supletiva legal”, frisou ainda o banco.

No âmbito deste caso, Carlos Pereira também pode ter praticado uma incompatibilidade na altura em que fez parte da Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD, algo que o deputado já negou.

ZAP //

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9 Comments

  1. Este deputado tem um modus operandis, em tudo o que é conhecido, altamente questionável. É que este é o mesmo deputado que esteve na reunião de “preparação” da CEO da TAP com o governo e grupo parlamentar do PS.

  2. A este perdoam-lhe a dívida, sendo a CGD uma instituição do Estado, mas ao signatário a Autoridade Tributária (SFLeiria-2), apesar de ter provado NUNCA ter sido gerente de facto, subscrito por 3 (três) acórdãos judiciais, a mencionada entidade resolveu de forma ditatorial penhorar 1/3 da reforma,, e, nem a Direcção de Serviços de Apoio e Defesa do Contribuinte consegue deslindar o assunto. Reforce-se ainda que a Provedoria de Justiça deu um parecer positivo ao reembolso das penhoras. Estamos portanto num Estado que de “democrático” tem muito pouco a não ser para os seus apaniguados.

    • Provavelmente não era gerente de facto mas era no papel. E isso é meio caminho andado para responder enquanto gerente, como é óbvio.

  3. Há que sair de cena para nada ser questionado! Mas não se demitem dos cargos que detêm, apesar das tropelias que fazem e o povo é que paga.
    É uma vergonha esta democracia defendida por estes senhores do PS, que se afirmam como donos disto tudo.

  4. Isto são tudo trocos. Comparado com as dívidas do Fino, do Berardo e de muitos outros a quem o Santos Ferreira e o Vara emprestaram sem garantias. Alguém viu algum desses ser acusado por má gestão e condenado??

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