Eis um aparelho de deteção portátil; rastreios de rotina não invasivos no consultório. Deteta 95% dos melanomas.
O cancro da pele é um dos cancros mais comuns na Europa.
Segundo as estatísticas oficiais da União Europeia (UE), o melanoma cutâneo é o sexto tipo de cancro mais comum na região
Agora surge na Universidade da Letónia um método, financiado precisamente pela UE, que tenta melhorar o acesso ao diagnóstico precoce do cancro e salvar vidas.
É um novo dispositivo, de deteção portátil, que leva a que os médicos de clínica geral possam efetuar no seu consultório rastreios de rotina não invasivos no consultório.
“A taxa de sobrevivência da última fase do melanoma é de menos de 5%, enquanto que a da primeira fase é de quase 100%“, lembra a investigadora Emīlija Vija Ploriņa, citada no canal Euronews.
A tecnologia em causa usa luzes de cores diferentes para determinar se uma lesão cutânea é maligna ou benigna.
Outra investigadora, Ilze Ļihačova, descreve: “A luz vermelha, a luz amarela e a luz azul refletem de forma diferente, porque na pele há sangue e melanina, cromóforos diferentes, que nos dão informações diferentes”.
As luzes penetram inofensivamente nos tecidos até 5 mm abaixo da superfície, para detectar eventuais lesões (verrugas, por exemplo).
As imagens são enviadas sem fios para análise por um algoritmo de inteligência artificial e os resultados ficam prontos em segundos, num sistema de nuvem seguro.
O dispositivo já foi testado em mais de 4 mil lesões, com um elevado nível de exatidão.
O novo dispositivo detectou 95% de todos os melanomas, nesta primeira fase.
E o objetivo a longo prazo é ajudar a detetar outros cancros e doenças raras, ajudando a salvar mais vidas.