O Programa do Governo promete uma reavaliação do modelo de acesso ao Ensino Superior. Diretores e pais esperam uma mudança significativa no processo de acesso à universidade.
No Programa do Governo, o Executivo prometeu reavaliar o modelo de acesso ao Ensino Superior, com o objetivo de separar “a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior”.
Para já, ainda não são conhecidas medidas concretas, mas a comunidade escolar espera alterações significativas, num processo de acesso que não é revisto há quase duas décadas.
“Defendemos que deve haver exames no secundário para acesso, mas esse não deve ser o único critério para a entrada no ensino superior. Especialmente nos cursos mais competitivos, a entrada devia ser feita por patamares”, diz o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, ao Diário de Notícias.
“Por exemplo, num determinado curso, fixar-se um patamar de média, e a partir da obtenção dessa média mínima, a escolha ser feita, depois, nas universidades. O critério de seleção inicial seria feito por patamares, por exemplo, todos os alunos que tenham mais de 17 valores podem candidatar-se a um determinado curso, sendo a escolha final do candidato feita a nível de instituição superior, a quem caberia a escolha final”, especifica.
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP), concorda que o modelo de acesso à universidade tem de ser debatido, até porque “torna subserviente o ensino secundário em relação ao superior”.
“É um secundário feito para obter uma nota de acesso, e isso é redutor. Trata-se de um ensino para o marranço”, explica o dirigente. “O trabalho todo é feito por nós, no ensino secundário, e as universidades só abrem as portas. É isto que temos de discutir. Este problema também deveria ser um objetivo do atual ministro.”
O responsável da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Rui Martins, pede que “todos os alunos tenham acesso ao ensino superior” e defende “uma reforma significativa no modelo de acesso” que, nesta situação de pandemia, terá de ter “efeitos imediatos“.
O apelo à cunha…
Temos assistido progressivamente em Portugal a uma venezuelização de tudo onde o Estado possa meter a mão.
Mais um terra-palermista que não conhece Portugal; quanto mais a Venezuela!…
Que as universidades escolham os alunos, e de preferência sem critérios bem definidos, assim a qualidade dos cursos dos nossos políticos irá melhorar consideravelmente, e as profissões familiares poderão perpetuar. Meu deus !!!! um país a regredir exponencialmente.
Mais mudanças no “ensino”? Qual será o dia em que encontrarão o caminho certo para que o mesmo estabilize e possa seguir o seu devido caminho sem mais atropelos?
Existe uma campanha em curso para abandalhar a entrada na Universidade… O estudo e o trabalho intenso dos alunos, aspetos a valorizar, são denominados de ”marranço” por gente que devia ter outra linguagem e responsabilidades… O que vingará é a ”cunha” e maiores desigualdades que as que já existem!
Basta querer e escolher o canudo…