Poucos dias depois de assumir o cargo, a diretora-geral para a Igualdade de Tratamento e Diversidade Étnico-Racial de Espanha renunciou para dar lugar a alguém que dê mais visibilidade aos “grupos racializados”.
A diretora-geral para a Igualdade de Tratamento e Diversidade Étnico-Racial de Espanha, Alba González Sanz, renunciou ao cargo “para que haja uma presença visível de mulheres pertencentes a grupos racializados”.
Segundo o jornal El Periódico, a decisão surge depois de vários grupos anti-racismo terem expressado a sua insatisfação nas redes sociais, considerando que não devia ser uma mulher branca a assumir um cargo que pretende dar visibilidade a outras etnias.
A vereadora do Podemos vai ser substituída por Rita Gertrudis Bosaho Gori, que nasceu na Guiné Equatorial, mas que tem nacionalidade espanhola, e que, na passada Legislatura, foi a primeira deputada negra no Congresso espanhol.
“Se sabemos algo sobre o feminismo é que a representação e o simbolismo importam. Organizámos a equipa deste Ministério para que haja uma presença visível de mulheres pertencentes a grupos racializados“, começou por escrever Sanz no Twitter.
“Isso significa que não vou assumir a Direção Geral. As suas funções e conteúdo foram mais amplos do que o que foi interpretado, estando relacionados com a redistribuição económica, a paridade e outros aspetos em que tenho trabalhado, motivo pelo qual aceitei a posição, com o compromisso de trabalhar pela igualdade”.
“Desejo muita sorte à colega que ocupe o cargo e coloco-me à sua disposição, se puder ser útil na tarefa, ampla e diversificada, que terá à sua frente. Do meu lado, estou contente por continuar a fazer parte deste projeto do Ministério da Igualdade, trabalhando pelos mesmos objetivos de redistribuição da riqueza para aqueles que disseram sim em primeiro lugar”, conclui.
Alba González Sanz vai agora trabalhar como assessora no mesmo ministério, liderado por Irene Montero, mulher do líder do Podemos, Pablo Iglesias, na Câmara Municipal de Gijón.
