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Director de informação da RTP demite-se

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O director de informação da RTP, Paulo Ferreira

O director de informação da RTP, Paulo Ferreira

O director de informação da RTP, Paulo Ferreira, apresentou esta sexta-feira a sua demissão, que foi aceite, revelou a administração da RTP, acrescentando que convidou José Manuel Portugal para o cargo.

Paulo Ferreira demitiu-se da função de director de informação da RTP, de acordo com informações da estação de televisão.

José Manuel Portugal é o nome indicado para suceder ao jornalista na Direcção de Informação. O actual director-adjunto para a área internacional de televisão e de rádio terá ainda de ser sujeito a parecer prévio (não vinculativo) da Entidade Reguladora da Comunicação Social.

Em comunicado, a RTP diz que convidou Paulo Ferreira para assumir o cargo de gestor de inovação na área da informação, o que foi aceite pelo até agora diretor de informação, que irá agora concretizar “projetos estruturantes que se avizinham” em virtude do Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento da RTP.

“Para a efetiva concretização, Paulo Ferreira apresentou, por essa razão, a demissão dos cargos de diretor de informação dos serviços de programas de televisão generalistas de âmbito nacional da RTP e de diretor do serviço de programas RTP Informação, pedido este que foi aceite”, afirma a administração liderada por Alberto da Ponte.

O Conselho de Administração da RTP lembra que pretende implementar, a partir de janeiro, o Núcleo de Inovação e Criatividade, “que atuará como dinamizador e catalisador, interna e externamente, de uma abordagem distintiva do que a RTP pretende promover nas suas antenas e canais”, e sublinha ainda que o futuro contrato de concessão “considera igualmente a criatividade como uma orientação clara para o papel do serviço público de media”.

Paulo Ferreira justifica demissão com defesa dos “interesses gerais” da RTP

O diretor de informação da RTP, Paulo Ferreira, diz que abandona o cargo devido a uma “decisão pessoal” que resulta de uma leitura sobre o que “melhor defende os interesses gerais da RTP” e da informação da estação.

“A minha saída destas funções resulta de uma decisão pessoal, sustentada na leitura que faço sobre o que melhor defende os interesses gerais da RTP e, em particular, os da fundamental área da informação”, diz Paulo Ferreira numa carta enviada ao presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte.

Paulo Ferreira destaca também a “total autonomia de decisão editorial” que diz ter sido dada “sem qualquer reserva” pela administração da empresa à sua direção de informação, “num respeito exemplar pelas regras e de acordo com as melhores práticas das empresas de comunicação social”.

Num outro texto, dirigido à redação da RTP, e ao qual a Lusa teve também acesso, o jornalista enaltece que a empresa “tem as melhores condições para praticar um jornalismo independente, isento de interferências dos poderes, sejam eles quais forem”, e “utiliza essas condições com profissionalismo e responsabilidade”.

“Estão aqui alguns dos melhores profissionais com quem tive a honra de trabalhar em toda a minha carreira, que já não é pequena”, diz no texto.

Demissão de Paulo Ferreira apenas “peca por tardia”, diz CT

A Comissão de Trabalhadores da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) considerou hoje que a demissão do diretor de informação da estação pública, Paulo Ferreira, já “era esperada” e apenas “peca por tardia”.

“A demissão de Paulo Ferreira era esperada porque alguém que perde a confiança da sua redação tem que sair e só peca por tardia”, disse à agência Lusa Camilo Azevedo, da Comissão de Trabalhadores da RTP, numa alusão ao plenário de jornalistas que em outubro determinou a perda de confiança na direção de informação.

/Lusa

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