O pescoço do Mamenchisaurus sinocanadorum media cerca de 15,1 metros, sendo o maior alguma vez encontrado em qualquer animal.
Um novo estudo publicado na Journal of Systematic Palaeontology relata a descoberta de um dinossauro com um pescoço de 15,1 metros, o maior alguma vez registado em qualquer animal.
As análises das vértebras de um saurópode do final do período Jurássico descobriram que o seu pescoço era ainda maior do que se pensava, já que o estudo original feito após a sua descoberta em 1987, em Xinjiang, na China, apontava para entre 10 e 11 metros de comprimento, sem dar um número concreto.
Apenas alguns ossos do Mamenchisaurus sinocanadorum, incluindo algumas vértebras e uma costela, foram preservados no exemplar analisado. Para chegarem a este número, os cientistas não se limitaram a analisar as ossadas, já que também tiveram em conta as ligações evolutivas com exemplares semelhantes e mais completos, relata a New Scientist.
Para fazerem a estimativa, os autores compararam as proporções relativas das vértebras do M. sinocanadorum com dinossauros relacionados dos quais temos fósseis do pescoço inteiro. Com 15,1 metros de comprimento, o pescoço do M. sinocanadorum era seis vezes maior do que os das girafas.
Os cientistas tentaram ainda descobrir como é que o dinossauro poderia ter suportado o peso de um pescoço tão longo. Ao colocar as vértebras restantes num scanner de tomografia computadorizada (TC), concluíram que entre 69% e 77% das vértebras eram espaços vazios.
“Achamos que ter um pescoço tão longo foi possível, não apenas tornando os ossos leves, substituindo a medula por ar, mas também limitando potencialmente a mobilidade do pescoço, tornando-o mais receptivo a ser bombeado com ar”, explica Andrew Moore, autor principal do estudo.
As costelas cervicais que se interligam abaixo do pescoço também ajudaram a sustentar o pescoço, acreditam os investigadores.