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Dino D’Santiago apela à criação de um novo hino nacional

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Dino D’Santiago / Facebook

O cantor Dino D´Santiago.

O cantor Dino D´Santiago.

Dino D’Santiago considera que o atual hino português é demasiado bélico e pede um hino que “incentive menos às guerras”.

O cantor Dino D’Santiago atuou, esta sexta-feira, na Grande Conferência comemorativa dos 50 anos do Expresso. No final da performance, o artista propôs que se altere o hino nacional.

No palco do auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa, Dino D’Santiago chamou-lhe um “desafio bom a pensar nos nossos filhos”.

“A nossa geração, este nosso tempo, já é um tempo de termos um hino menos bélico, que incentive menos às guerras. Não gritemos mais ‘às armas, às armas’ e não marchemos mais ‘contra os canhões’. Os nossos filhos não precisam disso e a nova emancipação não pode ser territorial. Que seja mental, espiritual, com amor”, disse o cantor de ascendência cabo-verdiana.

O hino nacional, “A Portuguesa”, nasceu como uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico que defendia o abandono das posições portuguesas em África no território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola, incluídos no denominado “Mapa cor-de-rosa”.

A letra foi escrita por Henrique Lopes de Mendonça e a música foi composta por Alfredo Keil em 1890. “A Portuguesa” transformou-se em hino no ano de 1911.

O cantor é um dos principais ativistas em Portugal na luta contra o racismo. Recentemente, Dino D’Santiago fez correr muita tinta após o músico ter divulgado um vídeo de um taxista que se recusou a transportá-lo, em Lisboa.

ZAP //

24 Comments

  1. O Hino Nacional foi escrito para uma peça de teatro de fantoches, sendo adoptado como hino logo após a implantação da república. Como tudo o que esta gente faz, não teve uma escolha consensual à semelhança da própria república . Há mais de cem anos que os portugueses não são ouvidos acerca dos seus interesses nem da sua representação e por isso ninguém se sente responsável pelo país. O resultado é o “estado a que chegámos “!

    • Não são ouvidos?!?! Olhe que tem havido eleições regularmente desde o 25 de abril. Se não tem ido votar é um problema seu.

    • Vai estudar.
      O que hoje o HINO de PORTUGAL começou como uma marcha contra o ultimato inglês (tanto que no original terminava com “Contra os bretões marchar, marchar).
      Assim como a marselhesa é um hino de grande significado patriótico.
      Se calhar, para não ofender os menino, será melhor retomar o hino monárquico que não tinha letra. Assim, elimina-se a História do nosso país, não se ofende os recém-portugueses que são pretos e estão na sua terra (se isto não é racismo o que é?) e os verdadeiros portugueses penitenciam-se.
      TEM MAS É VERGONHA

      • Nem mais. Nem foi em “peças de teatro de fantoches, mas em comícios contra um regime caquético e covarde, não que o se seguiu fosse melhor. Mas, foi amplamente adoptado pelos portugueses contra a usurpação e imposição estrangeira, que a pretexto da nossa defesa contra Napoleão, aproveitou para nos condenar quase à indigência para não ter nenhum concorrente no Continente europeu – mesmo o mais antigo e leal aliado. Ainda estava na memória dos portugueses o roubo combinado com os franceses – pelo meio, até a entrega aos espanhóis de Olivença, entretanto recuperada das garras destes -, de tal forma, que levaram de cá as máquinas que estavam a iniciar a nossa própria Revolução Industrial, que acabou por não se concretizar, dando aso à independência trapalhona do Brasil, – satisfazendo a vontade de traidores todos inchados por terem tanta terra e humildes almas ao dispor – condenando o país à falência e enfraquecimento que durou décadas, cujos sinais duraram até à centúria seguinte. Os portugueses de hoje, é mal formados e instruídos não conhecem estes “detalhes, inclusive estes “portugueses” de papel, que não pertencem nem querem pertencer a esta velha mas orgulhosa nação.

      • Anda para aí muita confusão. Deveria voltar aos bancos da escola e tentar estar mais atento desta vez.

      • O que inventa a máfia maçónica para justificar a primeira repúbica sem nada ter perguntado aos portugueses.

    • Curioso, eu também sou português e embora o hino atualmente em vigor seja (ainda) considerado por muitos como um “símbolo nacional”, eu já não considero que represente os meus ideiais e valores atuais, sejo como indivíduo, seja como representação do país onde nasci e vivo… E agora?… Será por isso que sou menos ou mais patriótico do que este ou aquele? Ou você acha que é por você decidir escrever “Português”, “Hino” ou “Portugueses” com letra capital que o faz, a si, mais ‘patriótico’, ou com ‘valores mais elevados’, do que os outros?
      A sua expressão final “Quem és tu para o fazer?” realmente aparenta revelar sintonia com as expressões bélicas contidas no hino português, à mistura com uma ponta de xenofobia encapotada. É pena… Contudo, quanto a hinos, até há piores por esse mundo fora mas, para quem não souber, as coisas mudam-se, espera-se para melhor… ou ainda estaríamos na Idade da Pedra (sim, curiosamente, aqui escreve-se com letra capital visto tratar-se de um período da história humana).

  2. Mais um ataque estúpido à nossa História! Aposto que apenas uma minoria insignificante, – daquelas que têm a mania de falar em nome de todos berrando e pretendendo impôr as suas ideias anacrónicas ao resto do todo nacional – apoia tal ideia estapafúrdia. Consensual ou não na época, o facto é que os portugueses sentem-se hoje representados na letra e música do hino: apela a nossa ancestral resistência e destaca a nossa herança histórica no Mundo, e como tal, foi largamente adoptado pelos portugueses desde logo. Mesmo que na época, representasse um regime republicano num ambiente monárquico muito decadente. É relativamente simples, mas profundo, é tão somente, um dos mais belos hinos do Mundo. Se este fulano e outros que tais, se não partilha deste sentimento, têm boa opção, mude-se, pois eu só tenho ascendência portuguesa e tenho imenso orgulho nisso.

  3. ‘contra os canhões’ já foi cantado como ‘contra os bretões’ e deveria ser alterado para ‘contra os vigaristas, canalhas, patifes e ladrões corruptos que inquinam e conspurcam esta falida nação’

    • Olha, até podia ser uma boa ideia algo de parecido com o que dizes… A substituição dessa palavra já faz parte da história do hino: a mudança, a atualização para essa rima é “tradição”. Se “canhões” deixa de fazer muito sentido, como aconteceu com “bretões”, porque não referendar uma alternativa (incluindo a possibilidade de não mudar nada)? Para aproveitar a tua ideia, “vilões” podia aparecer na lista de opções 😉

  4. A História deve ser encarada com as circunstâncias de cada época.
    Este tema já deu tanta polémica há alguns anos atrás!
    Felizmente, o bom senso prevaleceu e o nosso Hino continuou como estava.
    Deixemo-nos de anacronismos.
    Penso que neste momento está a haver mais racismo dos nossos irmãos afro-portucalenses do que da nossa parte.
    Sempre os aceitei e recebi na minha querida Pátria como nossos irmãos, independentemente da cor da sua pele.

  5. Ás armas, ás armas……….. Contra os canhões marchar, marchar….
    Isto não tem sentido no país que atualmente somos
    É possível substituir estes vocábulos sem alterar o sentido da epopeia
    Vitória, Vitória ……… Gritando o nome de Portugal…..
    Experimente-se

  6. Realmente, ele tem razão. Deveríamos mudar o hino para algo mais atual e levar as gerações futuras a tornarem-se em membros passivos e conformistas da sociedade que temos. Que aceita tudo sem questionar, que faz o que os outros fazem, que seguem as tendências da “moda” e das “redes sociais” e que se acobarda por pensar e querer algo diferente do que “as obrigam”, por serem demasiado preguiçosas ou corajosas para fazerem algo, enquanto uns quanto se aproveitam disso mesmo. Sociedade sem pensar próprio, sem capacidade de raciocínio, ignorante e mal formada.

    Quando as gerações mais antigas se forem, aquelas que nos trouxeram a este mundo com as facilidades que hoje temos… vamos ser seriados e catalogados como uma linha de montagem de força de trabalho, a ser descartada quando de nada mais servir.

    Só fico com pena, de não ter já ele criado uma letra a sugerir os temas a ser abordados no novo hino, com certeza seria a típica propaganda diária sobre pseudo-democracia, sobre pseudo-liberdade, sobre a preocupação com os outros ou outros temas, que estas “vedetas” adoram usar para ganhar popularidade, mesmo que na verdade se estejam a borrifar para tudo e todos a não ser com a fama e dinheiro que fazem à conta de dizerem o que sabem que os outros querem ouvir.

  7. E vamos apagar a história porque razão? A história deve manter-se viva para não cometer os mesmos erros do passado, e para que se possa reflectir como evoluímos a partir dos mesmos, e o que aconteceu.

    Será que este tipo de pessoas não tem mais nada de produtivo com o que fazer com a sua vida? – Que tal deixar a nossa história sossegada e impactar a sociedade positivamente? – Apenas uma ideia.

    Com relação aos nossos filhos: ora bem, estamos a criar gerações com capacidade de análise critica, ou pessoas que não conseguem lidar com qualquer dificuldade e destrinçar o certo do errado devido a algumas pessoas que os querem colocar em “bolhas”? – Algo a reflectir profundamente.

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