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Diferença salarial entre homens e mulheres de 148,9 euros em 2018. Caiu 80 cêntimos

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A diferença salarial média entre homens e mulheres diminuiu 80 cêntimos em 2018 face a 2017 para 148,9 euros, fixando-se em 14,4%, segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

De acordo com o barómetro sobre igualdade remuneratória, a que a agência Lusa teve acesso, a disparidade salarial reduziu-se em 0,4 pontos percentuais em 2018 face ao ano anterior, para 14,4%.

A remuneração base média mensal registada foi de 1.034,9 euros para os homens, enquanto a das mulheres foi de 886 euros, uma diferença de 148,9 euros, menos 80 cêntimos do que em 2017.

Os dados, que integram a 2.ª edição do barómetro das diferenças remuneratórias, demonstram ainda que a remuneração média mensal base aumentou mais cerca de meio ponto percentual para as mulheres do que para os homens, com subidas de 3,1% e 2,6%.

Já a remuneração média mensal global subiu 2,9% em 2018 para 967 euros, o que significa que, enquanto o salário dos homens está acima da média, o das mulheres continua a ser inferior.

Quanto à disparidade salarial ajustada, ou seja, tendo em conta variáveis como o setor de atividade, o nível de qualificação ou antiguidade no emprego, entre outros, a diferença percentual entre géneros baixou para 11,1%, contra 11,2% no ano anterior.

“Na maior parte dos setores de atividade económica, a disparidade salarial ajustada é mais pequena do que a não ajustada”, afirmou o Ministério do Trabalho.

Tendo em conta os setores, a disparidade salarial ajustada varia entre um mínimo de 6,9% nas atividades administrativas e dos serviços de apoio e um máximo de 40,8% nas atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais, sendo que metade dos setores estão abaixo da média global de 11,1%.

Para o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, “o barómetro é uma ferramenta importante que a Lei da Igualdade Remuneratória veio introduzir, não só para melhorar a qualidade e o detalhe da informação sobre as diferenças salariais entre mulheres e homens, mas também para reforçar a sensibilização da sociedade portuguesa para esta temática”.

Por sua vez, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, considerou que os dados mostram a necessidade de “intensificar o trabalho para eliminar esta discriminação”.

“As ferramentas e novos direitos previstos na Lei da Igualdade Remuneratória são, por isso, muito importantes e inovadores no quadro europeu, onde se prevê que venham a ser tornados vinculativos, como anunciado na Estratégia Europeia para a Igualdade de Género” apresentada pela Comissão Europeia, acrescentou Rosa Monteiro.

O Ministério do Trabalho referiu que “até ao final do 1.º semestre deste ano”, tal como previsto na lei, o gabinete de estratégia e planeamento “vai passar a disponibilizar às empresas e à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) um balanço sobre as diferenças remuneratórias entre mulheres e homens por empresa”.

“É a partir dos dados revelados por este balanço que a ACT vai passar a poder notificar, este ano, as empresas com 250 ou mais trabalhadores no sentido de estas adotarem planos de avaliação das diferenças remuneratórias”, indicou o ministério liderado por Ana Mendes Godinho.

Lusa //

1 Comment

  1. Na minha empresa (entidade publica), todas as mulheres ganham mais que eu, a desempenhar as mesmas funções e com qualificações idênticas (não me vou referir quanto a competências para não me chamarem machista, mas a maioria passa o dia à conversa, ao telemóvel e a vender bijuterias home made entre elas). Pena que ninguém defenda os meus direitos.

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