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Diário do piloto de Hitler revela as últimas palavras do líder nazi

Jaysmark / Flickr

No seu diário recentemente reeditado, o piloto e confidente de Adolf Hitler, Hans Baur, partilhou o que o líder nazi lhe disse no dia em que morreu, alegadamente com a sua mulher, num bunker subterrâneo na Alemanha, a 30 de abril de 1945.

De acordo com o documento, o piloto sugeriu a Hitler que fugisse para o Japão ou para a Argentina, mas o líder nazi recusou a sugestão. “Vou acabar com isto hoje“, terá dito Hitler ao tenente-general Hans Baur, que se acredita ter sido o seu piloto e o confidente próximo, no dia em que se suicidou.

O diário levante o véu sobre a liderança do Reich nos dias anteriores à queda de Berlim, quando a capital alemão foi tomada pela União Soviética em 1945.

Segundo noticia o Daily Mail, citando o diário de Baur, o piloto terá convencido Hilter de que ainda “havia aviões disponíveis”, sugerindo que poderia levá-lo “ao Japão ou à Argentina”, países que “eram amigáveis por causa da sua atitude com os judeus”. Hitler terá recusado, insistindo ficar na capital alemã. “Ficar ou cair em Berlim“, terá dito.

“Um homem deve juntar coragem suficiente para enfrentar as consequências – e, por isso, estou a terminar isto agora. Sei que amanhã milhões de pessoas vão amaldiçoar-me – isso é o destino”, terá dito Hitler, de acordo com as notas de Baur.

Segundo o piloto, Hitler tinha medo que o Exército Vermelho recorresse a munições de gás, uma vez que sabiam que o líder nazi estava no seu bunker, onde, mais tarde, acabou por morrer. “De qualquer forma, eu não vou. Vou acabar com isto hoje”, terá dito Hitler.

Baur, que tentou escapar ao colapso do Reich acabando depois por ser apanhado, disse que Hitler veio ao seu encontro, e pegou nas suas mãos naquele que foi o último encontro entre os dois. “Baur, quero despedir-me de ti. Chegou o momento. Os meus generais traíram-me, os meus soldados não querem continuar e eu não consigo continuar”, terá dito Hitler, segundo o relato do piloto.

O piloto reiterou a confiança completa que Hitler teria em si, alegando que ambos desenvolveram uma “relação mais íntima e amigável”. De acordo com o piloto, Hitler considerava-o um amigo pessoal. O líder nazi chegou mesmo a ir ao casamento do seu piloto e ofereceu-lhe um carro no seu 40.º aniversário.

O relato de Baur sobre a vida por dentro da liderança do Reich foi publicado pela primeira vez na Alemanha há mais de 50 anos, sendo recentemente reimpresso no Reino Unido sob o título “I was Hitler’s Pilot” (“Eu fui o piloto de Hitler”).

Depois de ter sido apanhado, Baur esteve preso durante vários anos como prisioneiro soviético. O piloto acabou por morrer em 1993, com 96 anos.

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