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Di María suspeito em caso de apostas ilegais

Antonio Cotrim / Lusa

Jogador do Benfica entre 20 novos suspeitos do MP italiano. Suspeitas recaem sobre a participação em jogos de póquer ilegais da altura em que jogava na Juventus.

O jogador do Benfica Angel Di María está a ser investigado em Itália por alegado uso indevido de sites ilegais de jogos, avança o jornal italiano Corriere della Sera.

O craque de 37 anos está entre os 20 novos suspeitos do Ministério Público italiano, e os factos que estão a ser investigados sobre si remetem ao período em que jogava pela Juventus, entre dezembro de 2021 e outubro de 2023.

O jornal esclarece que as suspeitas que recaem sobre Di María não estão diretamente ligadas a apostas de futebol, mas sim com a participação em jogos da sorte não autorizados pela entidade reguladora, que serão jogos de póquer em mesas online, onde será possível criar salas fechadas protegidas por uma senha e decidir quem participa num determinado jogo.

Di María pode vir a ser sancionado com uma coima, mas o jornal nota que o caso poderá ter consequências muito mais graves a nível disciplinar desportivo, uma vez que a Procuradoria da Federcalcio está disposta a iniciar novas investigações com base nos atos transmitidos pela justiça ordinária.

O que está em causa

Um total de 12 jogadores da Serie A foram inscritos no registo de suspeitos. Entre os nomes estão Sandro Tonali (atualmente no Newcastle), Nicolò Fagioli (atualmente na Fiorentina), Raoul Bellanova (Atalanta) e os também ex- Juventus Leandro Paredes, Florenzi e McKennie.

A investigação conduziu também a um pedido de detenção de cinco pessoas, supostamente os gestores das plataformas ilegais e os proprietários de uma joalharia milanesa acusados de branqueamento de capitais.

De acordo com os investigadores, os futebolistas Tonali e Fagioli terão depositado grandes somas de dinheiro nos bolsos de dois operadores ilegais de plataformas em linha, Tommaso De Giacomo e Patrick Fizzera. Estes últimos teriam contado com a colaboração de três administradores de uma joalharia de Milão para dissimular o pagamento de apostas, simulando a compra de relógios de luxo.

Os jogadores, depois de terem acumulado dívidas com os organizadores de apostas, eram encaminhados para a joalharia onde efectuavam transferências rastreáveis para a compra de relógios Rolex e outros objetos de valor, que, no entanto, permaneciam nas mãos dos administradores, enquanto os jogadores apenas recebiam faturas.

Tonali e Fagioli, que já pagaram multas à justiça desportiva, estão a ser investigados por terem participado em jogos ou apostas explorados ou promovidos ilegalmente e por terem feito publicidade aos mesmos. Para os outros envolvidos, tal como Di María, a acusação diz respeito à participação em jogos em linha não autorizados, nomeadamente jogos de póquer em “salas fechadas” criadas pelos organizadores.

ZAP //

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