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Empresas denunciadas por abusos nos despedimentos e violações ao código de trabalho

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Mário Cruz / Lusa

A CGTP recebeu denúncias a 40 empresas em que são relatadas situações de abuso e aproveitamento laboral. Milhares de trabalhadores foram afetados em todo o país, garante a líder sindical.

Isabel Camarinha, classificou como “muito negro” o balanço da primeira semana de estado de emergência no país. A líder da CGTP denunciou situações de “abuso e aproveitamento” em 40 empresas, face à dispensa de milhares de trabalhadores “em todo o país e em todos os setores de atividade”.

A CGTP abriu uma linha de denúncia online de situações de abuso laboral, onde chegaram “centenas de casos de empresas que despediram os seus trabalhadores logo após a declaração do estado de emergência”, relata Isabel Camarinha. Os mais afetados, realça, “são sobretudo os trabalhadores com vínculos precários, em período experimental ou que prestam serviço a empresas de trabalho temporário”.

Citada pelo Expresso, a líder da CGTP diz ter recebido também várias queixas de empresas que “obrigam ilegalmente os trabalhadores a mudar as férias” e de empresas que cometem abusos no horário de trabalho. Em alguns casos, há quase um “regime de internato” em que se cumprem horários permanentes e contínuos durante mais de uma semana.

Todos as denúncias recebidas já foram devidamente comunicadas ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e à Autoridade para as Condições do Trabalho.

O Expresso teve acesso à lista, que inclui denúncias por violação do código de trabalho por parte de empresas como Carl Zeiss, Plasfill Navigator, Continental Mabor, Coindu e Lacoste.

Por outro lado, Vista Alegre, Essilor, Leica, Benetton, Sport Zone ou a Cervejaria Portugália são acusadas de forçar os trabalhadores a gozar os dias de férias durante o período de confinamento obrigatório.

ZAP //

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  1. Faurecia Bragança, empresa que ao largo de estes anos têm vindo a receber apoios financeiros do estado Português e da autarquia de Bragança, persuadiu os operadores a gozar 5 dias das férias e a ficar a dever 40 horas no banco de horas, nas primeiras 2 semanas que mandaram o pessoal para casa. Uma VERGONHA o estado nada fazer para que estas empresas cumpram a lei.

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