Três jogadores do Real Madrid foram detidos por terem alegadamente partilhado um vídeo sexual de uma menor de 16 anos num grupo do Whatsapp. Há um quarto atleta do clube que também está a ser investigado.
Três dos jogadores, com idades entre os 18 e os 21 anos, integram o Real Madrid C, e o outro alinha na equipa B do clube, Real Madrid Castilla, de acordo com dados divulgados pela imprensa espanhola.
Os jogadores foram detidos no centro de treinos do Real Madrid em Valdebebas, em Madrid, e foram interrogados, segundo o jornal El Confidencial. Depois disso, saíram em liberdade, mas a investigação vai continuar.
O Real Madrid já confirmou, em comunicado, que os jogadores foram ouvidos pela Guardia Civil depois de “uma denúncia por suposta difusão de um vídeo privado por WhatsApp”.
O clube também promete tomar as “medidas oportunas” depois de conhecer “em detalhe os factos”.
A denúncia terá sido feita pela mãe da menor.
Jogadores arriscam pena de prisão
O vídeo terá sido gravado por um dos jogadores detidos enquanto mantinha relações sexuais consentidas com a menor e com outra mulher maior de idade. Haverá mais dois homens nas imagens que terão sido gravadas num município das Ilhas Canárias.
A menor não saberia que estava a ser gravada, segundo o El País que cita o relato que a mãe fez às autoridades. O El Español adianta, contudo, que nas imagens, fica claro que a jovem e a outra mulher sabiam que estavam a ser gravadas.
Portanto, o que pode estar em causa é o crime de divulgação de imagens sexuais sem consentimento.
Suspeita-se que o jogador que registou as imagens terá partilhado o vídeo com os colegas de equipa, que acabaram também por divulgá-lo num grupo de Whatsapp que incluía vários jogadores do Real Madrid.
Os telemóveis dos quatro jogadores foram apreendidos e a polícia vai tentar apurar se há mais envolvidos na divulgação do vídeo.
O El Español assegura que, para já, não há jogadores da equipa principal implicados no caso.
O Código Penal espanhol prevê uma pena de prisão de três meses a um ano, ou multa de seis a 12 meses, para quem divulgue, revele ou ceda a terceiros, sem autorização, vídeos de teor sexual, mesmo que tenham sido gravados com o consentimento da pessoa envolvida. Esta foi uma das medidas tomadas no âmbito da lei que ficou conhecida como “Só o sim é sim“.
