O presidente do país africano ordenou a detenção do homem que admitiu tirar a virgindade a menores, como parte de um ritual de passagem para a vida adulta, em troca de dinheiro.
Nascido na região de Nsanje, no sul do Malaui, Eric Aniva foi detido depois de ter dado uma entrevista à BBC, na qual admitia que tinha relações sexuais com menores em troca de dinheiro.
A ordem de detenção foi dada pelo presidente do Malauí, Peter Mutharika, tendo sido preso na passada segunda-feira.
“Nós promovemos os valores culturais e de socialização positiva dos nossos filhos”, afirmou o porta-voz da Presidência, Mgeme Kalilani.
O chefe de Estado também ordenou que os pais das raparigas e outros homens envolvidos sejam implicados na investigação.
“O presidente disse que estas práticas culturais e tradicionais nocivas não podem ser toleradas no nosso país”, acrescentou o representante.
O homem afirmou que o que fazia se tratava de um ritual de passagem para a vida adulta, a pedido dos próprios pais das raparigas, depois da primeira menstruação.
O ritual, que acontece durante três dias, serve para as raparigas serem treinadas para serem boas esposas e para as proteger de doenças e de azares que podem afetar as suas famílias ou as aldeias.
Os “hienas”, como são conhecidos este homens, também têm relações sexuais com viúvas ou com mulheres casadas que não conseguem engravidar.
Na mesma entrevista à emissora britânica, Aniva admitiu ainda ser portador do vírus VIH e de ter dormido com pelo menos cem raparigas, sem nunca usar proteção.
“Algumas raparigas têm apenas 12 ou 13 anos, mas eu gosto delas mais velhas”, disse.
“Todas essas raparigas sentem prazer comigo. Ficam orgulhosas e dizem a outras pessoas que sou um homem com H grande, que sei dar prazer a uma mulher”, explicou na reportagem.
Aniva, que tem duas mulheres e supostamente ronda os 40 anos de idade, descreveu que um “hiena” era escolhido pela comunidade com base na boa moral e que a tradição não permite o uso de preservativo.
O homem diz ter cinco filhos legítimos, mas não sabe quantas mulheres ou meninas talvez já tenha engravidado. Recebia entre quatro a sete dólares, cerca de 3,60 a 6,30 euros, por cada ritual.
Se for considerado culpado, Aniva pode ser condenado a prisão perpétua.
ZAP / Lusa / BBC
Prisão perpétua é muito pouco, pois como se não bastasse o ritual, ainda vai condenar muitas das vítimas a ficarem com o HIV. Estas e outras barbaridades têm de ser irradiadas e isso só se consegue com penas exemplares e com procura continua de mais casos.
Estêrco humano.
Só a raça humana é capaz destas estranhas estupidezes.
Até agora, todos os comentários a esta notícia são compreensíveis, mas acho que é preciso fazer algum enquadramento: estamos a sujeitar aquele país às regras da nossa sociedade Ocidental, que está muitos anos à frente do Malaui. Mais ou menos como os EUA fizeram com países que praticamente obliteraram: não seguem as nossas regras, entramos em guerra e damos cabo deles. É preciso lembrar que a nossa sociedade é mãe das lobotomias, autênticos massacres humanos aos olhos de hoje, e nós, lusitanos, ainda estamos na vanguarda mundial do massacre de touros em praça pública! E chamamos-lhe “tradição”, tal como fazem com as virgens do Malaui, e recusamos a sua abolição! A mudança consegue-se com a educação, e pode levar gerações a surtir efeitos. Aos olhos de todos os envolvidos, a situação do Malaui não tem agressores nem vítimas. Quem somos nós para julgar…?
Comparar uma vaca ou um boi a uma criança é aberrante. Aconselho-lhe uma ida ao psiquiatra.
Eu começei por falar de lobotomias (caso não saiba, trata-se espetar agulhas em cérebros humanos para tornar adultos e crianças “agitadas” (hoje chamamos hiperativas) mais “dóceis”. Como fomos nós a fazer isso, está tudo bem? Claro que não, foi preciso tempo, educação e ciência para mudar atitudes. Não comparei humanos com animais: apenas apresentei um exemplo de outra tradição, que aos olhos de muitos é também aberrante. O Hitler, Mussolini, e outros ditadores marcaram a história tentando impor o seu estilo de vida e sociedade aos outros. O que digo é que não devemos ser radicais, senão não somos diferentes deles. Devemos EDUCAR, e não penalizar.
Por muito que me custe, e independente de alguns comentários com “óculos de Penafiel”, tenho de concordar consigo. E até pego no exemplo dos touros (que tanto abominou estes comentadores). É abjecto aquilo que é feito naquilo que se considera “país de Terceiro Mundo”. E a tourada? Não é? E até pego naquilo que a “Maria” diz: “um touro pode defender-se” Pode? Metes o animal numa arena fechada com todos os meios para magoá-lo (e sem hipótese de fuga ou escolha) e isso considera-se uma hipótese de defesa? O touro pode fazer pouco mais que uma criança que também está cercada e sem hipótese de escolha ou fuga (e com a agravante do não aprovamento por parte dos pais). Não é a mesma coisa, mas anda lá muito perto.
O que queria dizer é que dizemos (criticamos) muito relativamente ás tradições “erradas” de outras culturas considerando que a nossa (a Ocidental) é a correcta. Quem define isso? Você, Maria? A Ana Gonçalves?
Não temos de respeitar culturas que são avessas a nós, mas temos de aceitar que elas existem e NUNCA impor a nossa!
A História tem a sua evolução e, ao longo dos tempos, certas crenças, religiões, tradições, foram-se desvanecendo muito por causa de novas necessidades, ambientes, economias, etc. “Nós” sofremos essa “evolução” (e continuamos a sofrer) e todos os outros povos sofrerão também.
Sr. José Santos, até entendo o seu ponto de vista, mas este tipo de tradições, seja em que cultura for, não podem ser toleradas. Mas agora comparamos CRIANÇAS a TOUROS????? E olhe que sou contra as touradas!!!! E a qualquer tipo de maus-tratos a animais! Mas um touro pode defender-se! Que pode uma CRIANÇA fazer contra um “mastronço” destes e que ainda por cima está infectado c/o HIV?! Então de que “tradição” de doenças e outros males é que ele as está a proteger???? Haja bom senso, por favor!!!!!
Isto tudo em perfeita harmonia com a sociedade local que também admite a prática
da obliteração genital das raparigas, a perseguição aos albinos, o desprezo e apedrejamento de crianças abandonadas e doentes, escravatura de pessoas, etc…
Isto repete-se por toda a a África!
Não há volta a dar: estes gajos só estão bem com a bota do branco no cachaço e o chicote no lombo.
São tudo o que há de mau!
Reparem bem o negócio deste porco: fodia as miúdas e as famílias ainda lhe pagavam. E diz que ainda há mais porcos a fazer o mesmo… Quantos serão?! centenas, milhares?!
E só foi preso um!!! Mas prendem o gajo e não prendem as famílias?!
A seguir há-de vir um cabrão qualquer dizer que sou racista ou um camelo dos direitos humanos dizer que o desgraçado não tem ar condicionado na cela…
Cá para mim, não tarda está cá fora, pois esta prisão mais não é que uma encenação…
Sou cabrão mas só no que diz respeito ao racismo. Isto segundo a sua filosofia.
Eu bem gostaria de poder respeitar a cultura dos africanos, mas perante barbaridades destas que dizer?