Um homem de 54 anos, conhecido como o “burlão do amor”, foi detido em Vila Nova de Gaia, após uma emboscada montada pela GNR em parceria com a sua última vítima. Estava em fuga há 23 anos e usava as redes sociais para enganar mulheres viúvas e divorciadas.
Natural de Coimbra e actualmente com 54 anos, este homem já tinha sido condenado em dois processos, a um total de 13 anos de prisão, mas nunca se apresentou para cumprir as penas.
Contudo, nestes últimos dias, acabou por ser detido pela GNR em plena Avenida da República de Gaia, no distrito do Porto, depois de uma cilada montada em colaboração com a sua última vítima, como conta o Jornal de Notícias (JN).
Esta vítima é uma mulher de 59 anos que acabou por ser burlada em cerca de 4 mil euros. O “burlão do amor” fingiu que era “um padeiro de Ermesinde, que trabalhava em Paredes e com um irmão com cancro”, relata o JN.
A doença do irmão foi o pretexto usado para enganar a mulher que começou por levantar pequenas quantias, entre os 50 e os 100 euros, mas acabou por lhe entregar 3 mil euros em dinheiro.
O burlão tinha prometido devolver-lhe o dinheiro que pediu emprestado com uma herança de 450 mil euros que teria a receber após a morte da mãe, refere ainda o JN.
Mas esta foi apenas uma de uma série de vítimas de um burlão que esteve 23 anos em fuga às autoridades, ainda segundo o mesmo jornal.
Os seus principais alvos eram viúvas e divorciadas que conhecia nas redes sociais, utilizando o Facebook para ganhar a sua confiança. Depois de iniciar relacionamentos amorosos, tirava partido da fragilidade afectiva das vítimas, para as enganar.
Manteria relacionamentos amorosos com várias em simultâneo, deslocando-se em permanência pelo país, para estar com as diversas “namoradas”.
Quando foi detido, estava na posse de 860 euros que terá “roubado” a outra vítima, aponta ainda o JN.
O homem está, actualmente, detido em Custóias, em Matosinhos. Foi condenado em 2010, por nove crimes de burla a mulheres a quatro anos e meio de prisão. Antes disso, tinha sido condenado a oito anos e cinco meses de prisão por outro crime.
Está ainda a ser investigado em mais dois processos em Leiria e nas Caldas de Rainha.
