Mudar um detalhe na alimentação pode afastar um assassino silencioso

Os cientistas há muito que sabem que uma dieta rica em sal pode causar hipertensão, que está ligada à insuficiência cardíaca.

Uma nova investigação revelou que, além da quantidade, a frequência com que se salpica sal nos alimentos pode ter um grande impacto na saúde do coração, como noticiou o Sun.

No novo estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology, os investigadores concluíram que não é necessário deixar completamente de comer sal para reduzir o risco. Na verdade, basta diminuir a frequência de adição de sal aos alimentos após estes serem cozinhados.

Segundo Lu Qi, professor na Universidade de Tulane, nos Estados Unidos (EUA), as pessoas que adicionam um sal aos seus alimentos com menos frequência têm um risco muito menor de ocorrência de doenças cardíacas, independentemente de outros fatores relacionados com o estilo de vida e doenças pré-existentes.

“Também descobrimos que quando os pacientes combinam uma dieta DASH [Dietary Approaches to Stop Hypertension] com uma baixa frequência de adição de sal, tinham o mais baixo risco de doenças cardíacas”, indicou. A dieta DASH promove a diminuição do consumo de sal, gordura, açúcar, carnes vermelhas e álcool.

No estudo, 176.570 participantes do Biobank do Reino Unido receberam um questionário para avaliar a frequência com que adicionavam sal aos alimentos. O inquérito não incidiu sobre o sal que adicionavam durante a confeção dos pratos. Foram também recolhidos os seus dados relativamente a eventos cardiovasculares.

Os investigadores descobriram que as mulheres que tinham um índice de massa corporal mais baixo, um consumo moderado de álcool, que não fumavam e que se exercitavam, adicionavam sal aos seus alimentos com menos frequência.

Também detetaram uma associação entre a adição de sal e o risco de doenças cardíacas entre os fumadores e a população que pertencia a um contexto socioeconómico mais baixo.

ZAP //

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