Desvendados manuscritos perdidos com relatos do “Abominável Homem das Neves”

Documentos de uma expedição soviética com relatos do Yeti, o “Abominável Homem das Neves”, foram traduzidos pela primeira vez.

Não se engane: Pé-grande e Yeti não são a mesma criatura, apesar das suas supostas semelhanças físicas.

O Pé-grande (em inglês, Bigfoot ou Sasquatch) é descrito como um grande símio que vive nas regiões selvagens e remotas dos Estados Unidos e Canadá. Alega-se que seja um animal semelhante ao Yeti tibetano, também conhecido como “Abominável Homem das Neves”.

Para os mais crentes, há um grupo de pessoas que se dedica ao estudo de espécies animais hipotéticas ou avistadas por poucas pessoas: a criptozoologia.

Apesar de alguns ramos da criptozoologia desafiarem a lógica científica, há exemplos que mostram que este ramo da biologia pode ter mais credibilidade do que seria de se esperar. Os criptozoólogos citam com frequência exemplos como a lula-gigante, o celacanto, o ornitorrinco e o dragão-de-komodo, todos animais reais e estudados que foram em tempos considerados fantasias.

Agora, um manuscrito recentemente encontrado e traduzido para inglês revela, pela primeira vez, as expedições da URSS para encontrar o lendário Yeti. O documento até descreve supostos encontros com a própria besta, sublinha a VICE.

O trabalho foi desenvolvido pelo historiador soviético Boris Porshnev. O cientista ganhou interesse pela criptozoologia e acreditava que a “criatura das montanhas” descrita no Tajiquistão, Quirguistão e Usbequistão era, na realidade, uma população remanescente dos neandertais que sobrevivera à Idade do Gelo.

Porshnev conseguiu a aprovação da Academia Soviética de Ciências para a sua expedição e solicitou relatos de testemunhas oculares no principal jornal comunista Pravda.

Agora, os manuscritos de Porshnev foram localizados e traduzidos para inglês pela primeira vez, detalhando supostos relatos em primeira mão do Yeti.

O Centre for Fortean Cryptozoology (CFZ), no Reino Unido, rastreou os documentos e foi responsável pela sua tradução. Não foi pera doce. A Biblioteca de Moscovo tinha uma cópia na sua posse, mas recusou concedê-la. Acabou por ser um bisneto de Proshnev que aceitou a transladação dos documentos.

Os relatos revelam criaturas cobertas de pelo e “grandes peitos” nas montanhas Pamir e homens selvagens no Quirguistão com pés duas vezes maiores que os humanos. Outros afirmavam que as criaturas tinham dois metros de altura, eram ruivos, viviam em pequenos grupos e não se afastavam muito.

As expedições de Porshnev, no entanto, não tiveram o sucesso desejado e a sua carreira entrou em declínio. Porshnev apresentou muitos dos relatos, mas não conseguiu obter provas empíricas.

Vários cientistas soviéticos descartaram todos os relatos de homens selvagens na região. Mais tarde, em 1969, um grupo de zoólogos e biólogos soviéticos rotulou o estudo de Porshnev de “pseudocientífico”.

ZAP //

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