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Funcionário norte-americano despedido depois de destruir propositadamente 500 doses da vacina contra a covid-19

Abir Sultan / EPA

Um funcionário de uma unidade de saúde do estado norte-americano de Wisconsin foi despedido depois de ter destruído propositadamente mais de 500 doses da vacina contra a covid-19, avança a imprensa internacional.

O incidente ocorreu nas instalações do Aurora Medical Center e os fármacos que foram destruídos tinham sido produzidos pela farmacêutica norte-americana Moderna e destinavam-se aos profissionais de saúde desta unidade.

Em comunicado, a que a emissora norte-americana FOX 6 teve acesso, a unidade de saúde refere que o seu trabalhador admitiu ter destruído as vacinas deliberadamente ao retirar 57 fracos dos fármaco de um refrigerador no passado sábado.

“Estamos mais do que desapontados porque as ações deste indivíduo vão atrasar a administração de vacinas em mais de 500 pessoas. Foi uma violação dos nosso direitos fundamentais, e o indivíduo em causa já não é nosso funcionário”, pode ler-se na nota.

O comunicado chegou à imprensa nesta quarta-feira, depois de o Aurora Medical Center ter adiantado inicialmente que em causa estava um “erro humano não intencional”.

As autoridades locais foram informadas sobre o ocorrido e, segundo a mesma emissora, o FBI e a FDA (Food and Drug Administration) também estiveram envolvidas na investigação.

Os Estados Unidos, o país do mundo com mais casos e mortes associados à covid-19, arrancou o processo de vacinação contra a doença no passado 12 de dezembro, em Nova Iorque, depois de o regulador aprovar o uso de emergência da vacina da Pfizer.

Entretanto, a administração do fármaco da Moderna foi também autorizado.

Quase 4.000 mortes em 24 horas

Os Estados Unidos registaram 3.927 mortos e 189.671 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. O país contabiliza agora 19.715.899 casos e 341.845 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia. O estado de Nova Iorque continua a ser o mais duramente atingido pela pandemia com 37.868 mortes, seguindo-se o Texas com 27.895.

São o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.

O número provisório de mortes excede de longe as previsões iniciais da Casa Branca. O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington estimou que até à altura em que Trump deixar a Casa Branca, a 20 de janeiro, 420 mil pessoas terão morrido, com o número a subir para 560 mil a 1 de abril.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Sara Silva Alves, ZAP // Lusa

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