O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 34,5% em agosto em termos homólogos e 0,5% face a julho, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De acordo com o IEFP, no final de agosto, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas um total de 409.331 desempregados, mais 0,5% face ao mês de julho (mais 2.029 pessoas).
Este número representa 74,5% de um total de 549.549 pedidos de emprego.
Segundo o instituto, para o aumento do desemprego, face ao mês homólogo de 2019, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação o secundário.
“No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 355.053 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 72,8% tinham trabalhado em atividades do setor dos ‘serviços’, com destaque para as ‘Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (29,1%), 21,0% eram provenientes do setor ‘secundário’, com particular relevo para a ‘Construção’ (6,2%)” e ao setor ‘agrícola’ pertenciam 3,8% dos desempregados”, sinaliza o IEFP.
Açores são exceção
A nível regional, no mês de agosto, o desemprego registado aumentou na generalidade das regiões, com exceção da Região Autónoma dos Açores.
Dos aumentos homólogos, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (mais 177,8%) e, no oposto, na região dos Açores com uma queda de 1,3%.
As ofertas de emprego por satisfazer, no final de agosto de 2020, totalizavam as 13.577, nos Serviços de Emprego de todo o país, um número que segundo o IEFP corresponde a uma redução anual de 28,4% e a um aumento mensal de 6,9% das ofertas.
ZAP // Lusa