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Desemprego sobe para 12,4% no primeiro trimestre

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Michael Raphael / FEMA

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A taxa de desemprego subiu 0,2 pontos percentuais para 12,4% no primeiro trimestre deste ano face ao anterior, ficando 1,3 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2015.

De acordo com as estatísticas do emprego divulgadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população desempregada, estimada em 640,2 mil pessoas, aumentou 1,0% em relação ao trimestre anterior (mais 6,3 mil pessoas) e diminuiu 10,2% face ao primeiro trimestre de 2015 (menos 72,7 mil pessoas).

Analistas contactados pela agência Lusa tinham admitido como provável uma nova subida do desemprego no primeiro trimestre face ao trimestre anterior, em linha com a ligeira desaceleração da atividade económica que é habitual no primeiro trimestre de cada ano.

A maioria dos analistas ouvidos antecipavam uma subida para entre 12,4% e 12,6%, com a exceção do BBVA, que previa uma descida, para 12,1%.

A taxa de desemprego tinha já subido de 11,9% no terceiro trimestre para 12,2% no último trimestre do ano passado.

A população empregada, estimada em 4.513,3 mil pessoas, registou até março um decréscimo trimestral de 1,1% (menos 48,2 mil pessoas) e um acréscimo homólogo de 0,8% (mais 36,2 mil pessoas), tendo-se a taxa de atividade da população em idade ativa situado em 58,1%, menos 0,5 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre anterior e menos 0,4 p.p. face ao trimestre homólogo.

O aumento trimestral de 1,0% da população desempregada, que foi inferior à subida de 2,1% do primeiro trimestre de 2015, é explicado pelo INE pelos acréscimos ocorridos nos homens (5,0 mil; 1,5%), pessoas dos 25 aos 34 anos (18,8 mil; 13,9%), pessoas com um nível de escolaridade completo correspondente ao ensino superior (5,6 mil; 4,7%), pessoas à procura de novo emprego (23,3 mil; 4,3%), pessoas provenientes do setor da indústria, construção, energia e água (10,8 mil; 3,1%) e pessoas à procura de emprego há menos de 12 meses (21,9 mil; 9,2%).

De janeiro a março, a taxa de desemprego dos homens foi igual à das mulheres (12,4%), aumentando em termos trimestrais para os homens (0,4 pontos percentuais) e mantendo-se nas mulheres.

Melhor do que em 2015

Quanto à diminuição homóloga da população desempregada, é explicada pelos decréscimos em ambos os sexos, com prevalência nas mulheres (52,0 mil; 14,2%); em todos os grupos etários, mas com destaque para os 35 a 44 anos (29,6 mil; 17,6%) e para os 45 e mais anos (24,6 mil; 9,5%).

As pessoas desempregadas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico também diminuíram em termos homólogos (63,2 mil; 16,0%), tal como as que estavam à procura de novo emprego (69,4 mil; 10,9%), provenientes de qualquer setor de atividade, mas sobressaindo o dos serviços (49,7 mil; 12,5%); e as que estavam à procura de emprego há 12 e mais meses (80,7 mil; 17,6%).

Em termos homólogos, a taxa de desemprego diminuiu quer entre as mulheres (2,0 p.p.), quer entre os homens (0,7 p.p.).

Numa análise por regiões NUTS II, verifica-se que no primeiro trimestre de 2016 a taxa de desemprego foi superior à média nacional na Madeira (14,3%), Área Metropolitana de Lisboa (13,7%), Norte (13,3%) e Alentejo (12,6%).

A taxa de desemprego dos Açores (12,4%) igualou a média nacional, enquanto as taxas de desemprego do Algarve (12,2%) e da região Centro (9,3%) ficaram abaixo da média nacional.

Face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou na Área Metropolitana de Lisboa (1,2 p.p.) e no Centro (0,3 p.p.), enquanto em termos homólogos diminuiu em todas as regiões, com os maiores decréscimos a ocorrerem no Algarve (4,2 p.p.), no Alentejo (2,9 p.p.) e nos Açores (2,5 p.p.).

Em termos de população empregada, foi estimada em 4,5 milhões de pessoas no primeiro trimestre, voltando a diminuir (1,1%; 48,2 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior.

Segundo o INE, esta diminuição, “que habitualmente ocorre no primeiro trimestre de cada ano”, foi superior às observadas nos primeiros trimestres de 2014 e 2015, igual à de 2012 e inferior à de 2013.

ZAP / Lusa

3 Comments

    • Porquê?
      Não me diga que a culpa é deles!!
      Esses malandros…
      Nunca houve desemprego até ao PCP e BE apoiarem um governo…
      Enfim…

  1. Não oiço qualquer comentário da esquerdola esganiçada que estavam sempre tão atentos as estas coisas e que mesmo a andarem devagarinho e por bom caminho achavam tão poucochinho, agora segundo as notícias, desemprego aumenta, exportações diminuem e importações sobem, qualquer analfabeto perceberá certamente que está de facto tudo a andar como o desejado e prometido por esta gente de convicções e certezas.

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