Investigadores egípcios descobriram um jazido de fósseis de baleia com cerca de 40 milhões de anos, entre os quais se destaca o esqueleto de cetáceo mais completo descoberto até hoje, segundo o ministro do Meio Ambiente egípcio, Jaled Fahmi.
Segundo a agência espanhola EFE, o ministro anunciou hoje numa conferência de imprensa, no Cairo, que a descoberta foi feita em Wadi al Hitan (Vale das Baleias), situado na província de Al Fayum, a sudoeste da capital, e famoso pela grande quantidade de fósseis de cetáceos lá descobertos.
Os especialistas destacam entre os restos encontrados os do Basilossaurus, por ser o maior e melhor conservado fóssil de baleia descoberto até hoje, com um comprimento de 18 metros e um esqueleto íntegro que conserva até as mais pequenas vértebras da cauda.
Foram identificados restos de ossadas de criaturas marinhas no interior do estômago do cetáceo, o que revela o tipo de alimentação e a fauna que existia na região há 40 milhões de anos.
Os investigadores encontraram também uma grande quantidade de dentes de tubarão ao lado do Basilossaurus, o que indica que os tubarões se terão alimentado da carcaça da baleia pré-histórica.
O ministro egípcio adiantou ainda que a Itália está a ajudar na preservação da zona e na criação do que será o primeiro museu de fósseis no Médio Oriente, que mostrará a história geológica da zona e as mudanças que se registaram em Al Fayum, e que será inaugurado em breve.
A existência de esqueletos fósseis de cetáceos levou em 2005 a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) a declarar Wadi al Hitan Património Natural da Humanidade.
/Lusa
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