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Um grupo de camponeses encontrou na quarta-feira uma vala comum com mais de cem corpos na zona 76, no posto administrativo de Canda, Gorongosa, centro de Moçambique.
Em declarações à agência Lusa, um dos camponeses envolvidos afirmou que a vala foi descoberta numa área utilizada para a extração de areia para a reabilitação da N1, a principal estrada do país.
O grupo de camponeses encontrou a vala, com mais de cem cadáveres, na quarta-feira num lugar próximo de uma mina de extração ilegal de ouro, na zona 76, no posto administrativo de Canda, Gorongosa.
“A vala tem cerca de 120 corpos, uns já em ossadas e outros ainda em decomposição”, disse à Lusa um dos camponeses.
Ainda não são conhecidas grandes informações sobre estes cadáveres mas um dos camponeses recordou à agência que, nos últimos tempos, a região tem sido palco de combates entre a ala militar da Renamo e as forças governamentais.
“Não há vestígios militares visíveis e alguns corpos estão sem roupas”, afirmou um outro camponês.
Em declarações à Lusa, Manuel Jamaca, administrador da Gorongosa, não confirmou nem desmentiu a descoberta desta vala e apelou ao grupo para que contactasse as autoridades competentes para ajudar na investigação deste caso.
Recorde-se que os confrontos militares no centro do país têm-se intensificado nos últimos meses, com o Governo moçambicano e a Renamo, principal partido da oposição, a acusarem-se mutuamente de homicídios e raptos dos seus membros.
Há duas semanas, segundo a Voz da América, a Renamo na Gorongosa denunciou a morte de pelo menos catorze membros, “executados nos primeiros três meses de 2016, e o desaparecimento de outras dezenas, incluindo os motociclistas que asseguravam a logística do líder, Afonso Dhlakama“, cita o jornal Expresso.
ZAP
