A descoberta abre a porta à criação de tratamentos mais eficazes e personalizados contra cada uma das cinco variantes.
Um novo estudo publicado na Nature Aging fez uma descoberta revolucionária no estudo da doença de Alzheimer, identificando cinco subtipos biológicos distintos desta condição. Esta pesquisa pode revolucionar a forma como a doença de Alzheimer é tratada e diagnosticada, potencialmente levando a terapias mais personalizadas e eficazes contra cada uma das cinco variantes.
A pesquisa envolveu a análise de proteínas no líquido cefalorraquidiano de 606 indivíduos. A equipa usou proteómica de espectrometria de massa para medir componentes críticos dos processos biológicos relacionados com a doença de Alzheimer. Eis as cinco variantes:
- Subtipo de Hiperplasticidade: mostra uma resposta de crescimento celular excessivamente ativa, levando à acumulação de proteínas amiloides e tau.
- Ativação Imune Inata: o sistema imunitário ataca excessivamente o tecido cerebral saudável.
- Disfunção do RNA: envolve alterações no transporte de proteínas ao longo dos axónios, crucial para a funcionalidade das células nervosas.
- Disfunção do Plexo Coróide: afeta o sistema ventricular do cérebro, impactando a produção de líquido cefalorraquidiano e a transferência de nutrientes para o cérebro.
- Comprometimento da Barreira Hematoencefálica: o enfraquecimento da barreira que protege o cérebro permite a infiltração de moléculas prejudiciais, caracterizado pelo crescimento lento de células nervosas e baixa produção de amiloide.
Esta descoberta sugere que medicamentos anteriormente considerados ineficazes contra a doença de Alzheimer podem ter sido simplesmente testados em subtipos inadequados. A identificação de bioindicadores específicos para cada variante pode levar a diagnósticos mais precoces e precisos, permitindo intervenções na fase mais eficaz, revela o Science Alert.
A pesquisa também descobriu que esses subtipos diferem nos seus perfis de risco genético, resultados clínicos, tempos de sobrevivência e padrões de atrofia cerebral, como observado em exames de ressonância magnética de um subconjunto de participantes. Essas diferenças indicam a potencial necessidade de tratamentos específicos para cada subtipo.
Esta descoberta abre novos caminhos na luta contínua contra a doença de Alzheimer, afastando-se da visão tradicional de ser uma única doença, para um entendimento com mais nuance que pode pavimentar o caminho para uma cura.