As extinções em massa terrestres, que incluem anfíbios, répteis, mamíferos e aves, ocorrem em ciclos de 27 milhões de anos, concluiu uma nova investigação da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Os resultados da nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista a Historical Biology, estão em linha com as extinções em massa da vida oceânica estudadas anteriormente, que ocorrem em intervalos de 26,4 a 27,3 milhões de anos.
Em comunicado, a equipa da universidade norte-americana explica ainda que o estudo evidenciou ainda que estas extinções estão diretamente relacionadas com os principais impactos de asteróides e grandes fenómenos vulcânicos.
“Parece que os impactos de grandes corpos e os pulsos de atividade interna da Terra que criam o vulcanismo de basalto podem estar a marchar ao mesmo ritmo de 27 milhões de anos do que as extinções massivas terrestres, talvez compassados pela nossa órbita na galáxia”, disse Michael Rampino, professor do Departamento de Biologia da Universidade de Nova Iorque e principal autor do estudo.
Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram extinções em massa de animais terrestres e levaram a cabo novas análises estatísticas.
“Estas novas descobertas sobre extinções em massa coincidentes e repentinas na terra e nos oceanos, e o ciclo comum de 26 a 27 milhões de anos, dão crédito à ideia de que eventos catastróficos globais periódicos são os gatilhos de extinções”, continuo Rampino.
“Na verdade, já se sabe que três das mortes mais massivas de espécies em terra e mar ocorreram ao mesmo tempo dos três maiores impactos dos últimos 250 milhões de anos, cada um capaz de causar um desastre global e consequentes extinções em massa”.
Conhecem-se, a partir do registo fóssil, cinco grandes extinções em massa.
Há cerca de 443 milhões de anos, no final do período Ordoviciano, 86% de todas as espécies marinhas desapareceram. Há cerca de 360 milhões de anos, no final do período geológico Devoniano, 75% de todas as espécies foram extintas.
Em igual sentido, há cerca de 250 milhões de anos, no final do período Permiano, a taxa de extinção rondava os 96%, sendo considerada a pior de sempre.
Já no final do período Triássico, há cerca de 201 milhões de anos, 80% de todas as espécies desapareceram, enquanto no final do Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos, 76% de todas as espécies foram dizimadas, incluindo os dinossauros.