Na aviação moderna, o desaparecimento do MH370 “é quase inconcebível”

francescoprocida / Flickr

Avião Boeing 777 da Malaysia Airlines

O desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo, no dia 8 de março de 2014, é “quase inconcebível” e “socialmente inaceitável na aviação moderna”, segundo o relatório final publicado nesta terça-feira na Austrália.

O documento elaborado pelo Escritório Australiano de Segurança no Transporte (ATSB, sigla em inglês), que lidera as buscas nas quais também participaram a China e Malásia, expressou uma “profunda tristeza por não ter localizado o avião, nem as 239 vítimas que estavam a bordo e que continuam desaparecidas”.

O relatório fornece detalhes da procura pelo MH370 e o trabalho realizado pela Austrália no rastreamento submarinho numa área de 120 mil km² no Oceano Índico, nas margens ocidentais da Austrália, sem encontrar o avião.

“É um esforço sem precedentes e houve uma resposta extraordinária da comunidade global”, destacou em comunicado da ATSB, Greg Hood, ao destacar os altos padrões e profissionalismo envolvidos no trabalho.

Em meados de agosto, relatórios da Geoscience Austrália e a Organização para a Investigação Industrial e Científica do Consórcio de municípios da Austrália (CSIRO, sigla em inglês) sugeriram que o avião está numa área de 25 mil km² do Oceano Índico ao norte de onde inicialmente foi procurado.

O avião da Malaysia Airlines desapareceu dos radares no dia 8 de março de 2014, 40 minutos após descolar em Kuala Lumpur, seguindo para Pequim, e depois de alguém apagar os sistemas de comunicação e virar o avião, segundo a investigação oficial.

Nele viajavam 239 pessoas, dessas 154 seriam cidadãos chineses, 50 malaios (12 formavam a tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois canadianos, dois iranianos, dois neozelandeses, dois ucranianos, um holandês e um russo.

Os especialistas determinaram com os dados disponíveis que o avião caiu numa área remota do Índico e foi procurado numa área de 120 mil km², mas sem sucesso.

A recuperação de partes do MH370 em Moçambique, África do Sul, Ilhas Mauricio, Reunião (França) e Pemba (Tanzânia), conforme confirmado por testes de laboratório, mostraram que o avião caiu e desenvolveu novas hipóteses.

A busca no terreno foi suspensa no dia 17 de janeiro, até que aparecessem provas sólidas que permitam a retomada das operações.

// EFE

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