Depois da retoma do Metro de Lisboa, Matos Fernandes garante que “é mais do que seguro” viajar

Manuel Araújo / Lusa

O ministro do Ambiente afirmou hoje que o incidente ocorrido na terça-feira no túnel do Metro de Lisboa, na zona da Praça de Espanha, “já passou” e sublinhou que “é mais do que seguro” utilizar o meio de transporte.

A circulação na linha azul do Metropolitano de Lisboa foi restabelecida ontem por volta das 23 horas, depois da derrocada que ocorreu na terça-feira no troço que atravessa a Praça de Espanha, e que provocou quatro feridos ligeiros.

João Matos Fernandes recordou que a derrocada foi causada por “uma pancada muito forte” na estrutura, no âmbito da empreitada da Câmara de Lisboa que decorre à superfície para requalificação da praça, pelo que a segurança das estruturas do metropolitano não está, segundo o ministro, em causa.

“Lamentamos muito os quatro feridos, felizmente todos ligeiros, lamentamos muito todo o transtorno que causámos aos utentes do metro, que durante estes dois dias não o puderam utilizar, mas já passou e vamos acreditar que a partir de agora todos os olhos vão estar postos nesta obra”, afirmou o governante, em declarações aos jornalistas numa visita à estação da Praça de Espanha.

Questionado sobre como é que se garante que um acidente deste género não se repete, Matos Fernandes respondeu: “Com maior cuidado por parte do empreiteiro, com uma fiscalização mais apertada, e com o próprio dono de obra a acompanhar mais de perto a obra”.

Quanto ao valor de reparação da abóbada do teto das instalações do metro, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, explicou tratar-se “de cerca de 10 metros cúbicos de betão, não tem expressão nenhuma”, adiantando também que será o seguro do empreiteiro a pagar, não havendo custos para o Metro nem para a autarquia.

“O que aconteceu não podia ter acontecido, mas foi mesmo um acidente. Já passou e é mais do que seguro andar de metro. Foi sempre e será sempre seguro andar de metro em Lisboa”, reiterou.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, afirmou que foi instaurado um inquérito para apurar “exatamente de quem é a responsabilidade do erro” ocorrido, e para averiguar se terá sido um erro de conceção do projeto, da execução do projeto ou da fiscalização, ou até “uma combinação de fatores”.

A linha Azul, que liga as estações da Reboleira, no concelho da Amadora, e de Santa Apolónia, no concelho de Lisboa, esteve interrompida entre as Laranjeiras e o Marquês de Pombal. Estiveram encerradas as estações do Jardim Zoológico, Praça de Espanha, São Sebastião e Parque.

ZAP // Lusa

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