Um novo estudo revela que os dedos dos Denisovanos eram muito mais semelhantes aos dos humanos modernos do que o esperado.
Em 2008, a falange encontrada na Caverna de Denisova, na Sibéria, revelou ao mundo uma nova espécie humana (batizada dois anos depois de “Hominídeo de Denisova”).
Segundo a Nature, um novo estudo descreve a ponta do dedo, que foi separado do resto do osso após ter sido encontrado há onze anos. Uma reconstrução digital do osso completo da falange, revela que os dedos dos Denisovanos eram muito mais semelhantes aos dos humanos modernos do que o esperado.
A equipa de investigadores, liderada pela paleogeneticista Eva-Maria Geigl, do Institute Jacques Monod, em Paris, sequenciou ADN do fragmento que faltava para mostrar que correspondia com o resto do osso e usou fotografias para reunir as duas peças digitalmente. O estudo foi agora publicado na revista Science Advances.
Uma vez reconstruída pela modelagem computacional, a semelhança entre a forma desta falange e da nossa é surpreendente, porque se acredita que os Neandertais e os Denisovanos (que viveram juntos nesta caverna) estão mais intimamente relacionados entre si do que com qualquer outra pessoa dos dias modernos, escreve ainda o IFLScience.
O genoma nucleico extraído deste dedo posiciona os Denisovanos como uma ramificação dos Neandertais há 410 mil anos, com os dois muito mais próximos um do outro do que qualquer um era para nós.
Consequentemente, os arqueólogos previram que a anatomia denisovana se pareceria com a dos Neandertais. Porém, dentes denisovanos já estudados mostram parecenças com espécies humanas muito mais antigas, como o Homo erectus.
No entanto, se os dedos denisovanos se parecem com os nossos, outras partes também podem ser semelhantes, mudando o que deveríamos procurar e levantando a questão de quão perto de nós essas pessoas realmente estavam.
Não sabemos nada da evolução dos humanos.