Demissões: Ministra da Justiça por acidente de viação, líder de extrema-esquerda por roubo

Te Rawhitiroa Bosch / Wikipedia

A ministra da Justiça da Nova Zelândia, Kiritapu Allan

Na Nova Zelândia, a ministra da Justiça demitiu-se esta segunda-feira, depois de ter sido implicada num acidente de viação, afirmando que ficar no cargo “era insustentável”. Na Noruega, o líder da extrema-esquerda renunciou ao cargo no partido depois de ter sido preso por roubar óculos de sol de marca.

A ministra da Justiça da Nova Zelândia, Kiritapu Allan, demitiu-se esta segunda-feira, depois de ter sido implicada num acidente de viação, afirmando que ficar no cargo “era insustentável“.

Allan apresentou a demissão com “efeito imediato” ao primeiro-ministro neozelandês, Chris Hipkins.

“As minhas ações de este domingo demonstram que não estou bem, que me desiludi a mim própria e aos meus colegas”, admitiu. “Concordo que a minha posição é insustentável”, frisou.

Allan deixou também o cargo de ministra do Desenvolvimento Regional e todas as restantes funções governamentais.

Kiritapu Allan foi acusada de condução descuidada e de resistir à prisão, indicou Hipkins, acrescentando que foi multada, depois de o teste de álcool ter apresentado um resultado superior ao limite legal.

A ministra ficou detida por breves instantes, após o acidente.

Chris Hipkins considerou que Allan não estava apta a ser ministra, apontando ser “igualmente insustentável que uma ministra da Justiça seja acusada de cometer infrações penais”.

Kiritapu Allan, conhecida também como Kiri, é o quarto ministro a abandonar o governo de centro-esquerda de Hipkins, desde que substituiu Jacinda Ardern, que se demitiu em janeiro.

As eleições gerais neozelandesas vão realizar-se a 14 de outubro e as sondagens apresentam o Partido Nacional, de centro-direita, que se encontra na oposição, à frente do Partido Trabalhista, no poder.

Um “descuido” nos Hugo Boss

O líder de extrema-esquerda da Noruega, Bjørnar Moxnes, renunciou esta segunda-feira ao cargo no seu partido depois de ter sido preso por roubar uns óculos de sol de marca de uma loja no aeroporto de Oslo.

Cometi um grande erro e tornei-o ainda pior pela maneira como lidei depois com isso”, escreveu Bjørnar Moxnes na sua página no Facebook, acrescentando: “Sinto muito por isso e quero pedir desculpa”

Em junho, Moxnes revelou que foi multado em 250 euros por levar sem pagar, duas semanas antes, óculos de sol da marca Hugo Boss, no valor de cerca de 100 euros, de uma loja ‘duty-free’ no aeroporto de Oslo.

O político e deputado do Rødt (“Partido Vermelho”) invocou imprudência, mas mudou várias vezes de versão sobre o episódio, captado por câmaras de circuito fechado e cujas imagens enfraquecem a hipótese de um descuido.

Bjørnar Moxnes / Facebook

Bjørnar Moxnes, líder do Rødt, partido de extrema-esquerda na Noruega

Atualmente de baixa médica, Moxnes, de 41 anos, renuncia ao cargo de líder do partido do Rødt , que liderou durante 11 anos e que ajudou a desenvolver a ponto de conquistar sete lugares no parlamento nas eleições legislativas de 2021.

Na Noruega é impossível renunciar a funções eletivas, como as de deputado, durante o mandato.

Até agora número dois do partido, Marie Sneve Martinussen, de 37 anos, assume temporariamente a liderança partidária.

ZAP // Lusa

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