Sindicato fala em “debandada de quadros experimentados” na TAP

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) fala numa “debandada de quadros altamente experimentados, que deixaram de acreditar e que optaram por abandonar a empresa”.

Ainda não se sabe ao certo quantos trabalhadores aderiram ao programa de medidas voluntárias, cuja adesão foi possível até 24 de março, mas os números mais recentes avançados pela imprensa apontam que serão pelo menos 800 pessoas.

Tal como já tinha sido noticiado pelo jornal online ECO, a grande maioria dos pedidos diz respeito a rescisões por mútuo acordo e foi entre os tripulantes que houve mais adesão. Mas também houve diretores de departamentos e quadros intermédios a sair.

Perante esta situação, conta o semanário Expresso, há sindicatos que consideram que o processo foi mal conduzido e não teve em conta a especificidade de cada funcionário e o seu contributo para o desempenho da companhia.

É o caso do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) que, numa mensagem aos associados, a que o jornal teve acesso, fala numa “debandada de quadros altamente experimentados, que deixaram de acreditar e que optaram por abandonar a empresa”.

“Por muitos planos que a empresa faça para a retoma de voos, não resultará se os trabalhadores não acreditarem no projeto e todas as informações que vamos recolhendo vão exatamente no sentido contrário”, considera este sindicato.

“Mantendo-nos no domínio dos ditados populares, diríamos que neste enorme coletivo temos um único soldado com o passo certo, enquanto todos os outros marcham com o passo trocado. Esperemos que quando alguém, finalmente, questionar esta marcha, não seja demasiado tarde”, conclui o SITAVA.

Esta quinta-feira, o ECO noticiou que a TAP deu uma nova opção aos seus funcionários. Até 4 de abril, trabalhadores elegíveis podem candidatar-se para uma transferência direta desta companhia aérea para a Portugália.

ZAP //

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