A debandada de quase uma dezena de diretores de áreas-chave da TAP está a gerar preocupação dentro dos quadros da empresa relativamente à retoma.
Nas últimas semanas, quase uma dezena de diretores de áreas-chave da TAP saíram da empresa. Há quem fale em decapitação na direção de áreas relevantes, há quem considere que se trata de uma debandada, escreve o semanário Expresso esta sexta-feira.
Alguns saem por desacordo com a estratégia seguida, outros porque temem pelo futuro da companhia ou porque estão perto da reforma.
Os sindicatos têm sido o maior veículo de críticas à gestão da companhia aérea, falando de “impreparação” na gestão do processo, sem identificação dos quadros que seria importante reter, e focada apenas nos números.
Paula Canada (vendas), Carlos Paneiro (vendas no mercado americano), Dionísio Barum (vendas), Eduardo Correia de Matos (gestão de clientes), Nuno Leal (frota), Luís Gonçalves (vendas) e Bruno Saldanha (financeiro) são alguns dos diretores de topo que saíram.
As decisões do responsável pela área de rede, o mexicano Arik De, que entrou na TAP em 2019, têm gerado insatisfação dentro dos quadros da transportadora aérea. Agora, face às saídas, Arik De pode acumular as vendas e o marketing — algo que criou algum nervosismo.
“A TAP está a libertar-se de alguns dos seus quadros mais relevantes, num dos piores momentos da aviação de sempre, e numa altura em que é preciso preparar a retoma, como estão a fazer todas as companhias”, lamenta um quadro da companhia ao Expresso.
Por sua vez, o Ministério das Infraestruturas argumenta que é “natural que existam alterações na estrutura de quadros dirigentes”, sendo que a empresa atravessa um “profundo processo de reestruturação”.
Teme-se na companhia que a sangria de quadros fragilize ainda mais a TAP, dificultando a eventual retoma.
Os pilotos também têm feito violentas críticas à forma como o processo tem estado a ser gerido, nomeadamente no que toca ao processo de adesão dos trabalhadores da TAP às medidas voluntárias negociadas no âmbito do plano de reestruturação.
Há ainda sindicatos a considerar que o processo foi conduzido de forma cega e pouco estruturada.
“Por muitos planos que a empresa faça para a retoma de voos, não resultará se os trabalhadores não acreditarem no projeto, e todas as informações que vamos recolhendo vão exatamente no sentido contrário. Veja-se a debandada de quadros altamente experimentados, que deixaram de acreditar e que optaram por abandonar a empresa”, escreveu o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) numa nota enviada aos trabalhadores.
A Comissão Europeia (CE) continua em contacto com as autoridades portuguesas tanto sobre o plano de reestruturação como sobre uma possível compensação à companhia aérea devido à covid-19. A CE garante ao ECO que o assunto é prioritário, embora ainda esteja a avaliar se a companhia aérea se qualifica para esse apoio.
Eu já tinha fechado aquilo há muito.
“áreas-chaves” é giro!
Os títulos tem nomes bonitos “diretores de áreas-chaves da TAP” mas na prática foram uns “bur…” uma vez que foram péssimos diretores, péssimos gestores, maus em tudo, a não ser na hora de saberem exigir honorários, e não salários. Mas agora, como prestaram um mau serviço, deveriam ser obrigados e responsabilizados pelos seus atos e obrigados e devolver o dinheiro, de indemnizar a empresa pelo seu mau serviço. Agora depois disto ainda acham que têm direito a uma “refoma”? É mesmo falta de vergonha na cara.
Eu trabalho lá e se fosse eu fechava aquilo só espero que não seja colocado em causa a segurança dos passageiros porque alguém decida que o dinheiro é mais importante
Porque não rescindiu então?! Para lá estar com essa mentalidade mais valia ter saído, dado que não aparenta vir a contribuir positivamente para a empresa.
O que estás a fazer numa empresa que, se dependesse de ti, estava fechada?!
Boa coisa não deve ser…