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Daniel Alves condenado a 4 anos e meio de prisão por violação

FC Barcelona / Facebook

Dani Alves, ex-jogador do Barcelona

Tribunal anunciou que a vítima não consentiu e que o cenário de violação, que decorreu na casa de banho de uma discoteca, foi provado.

O brasileiro Daniel Alves, ex-futebolista do FC Barcelona e do Paris Saint-Germain e um dos futebolistas mais condecorados da história do desporto, foi condenado esta quinta-feira a quatro anos e meio de prisão pela violação em 2022 de uma jovem numa discoteca de Barcelona, anunciou o tribunal da cidade.

A vítima não consentiu e existem provas que, além do depoimento da queixosa, permitem que a violação seja considerada provada”, refere o tribunal em comunicado de imprensa.

Dani Alves, que jogou no FC Barcelona, no Paris Saint-Germain e na Juventus, entre outros, é acusado de ter violado uma jovem na casa de banho de uma discoteca, em dezembro de 2022, e mantém que a relação foi consensual.

A acusação tinha pedido nove anos de prisão para o futebolista, bem como o pagamento de 150 mil euros à vítima e liberdade sob supervisão de 10 anos após sair da prisão.

A noite do crime

Segundo o processo, Alves encontrava-se na discoteca em Barcelona e encontrou a vítima, com outras pessoas, tendo-a convidado para dançar e, depois, para uma divisão recolhida do espaço comum, na qual a forçou a ter relações sexuais, defende a acusação, em “clima de ansiedade e terror” para a jovem.

O defesa, de 40 anos, segundo a acusação, tem uma versão que não condiz com a da vítima, que tem “uma história absolutamente credível” de ter sofrido violência e violação, ao passo que o brasileiro alterou quatro vezes a sua versão desde que foi detido.

Primeiro, garantiu que esteve sempre vestido; depois, disse que poderá ter exposto a tatuagem ao lavar-se; e, por fim, assumiu que teve relações sexuais consentidas.

Já tinha feito o mesmo em relação à vítima. Inicialmente, disse que nem sequer conhecia a jovem; depois, admitiu que talvez se tenha cruzado com ela na discoteca; por fim, admitiu que tiveram relações sexuais consentidas, mas que não a voltaria a ver depois dessa madrugada.

Mais tarde, defendeu que não houve violação porque a jovem estava lubrificada.

Os resultados de exames forenses colocaram o jogador em maus lençóis. Embora o garantisse que a relação sexual não passou de sexo oral, os exames confirmaram que houve penetração. Os vestígios de sémen recolhidos coincidem com a versão apresentada pela jovem de 23 anos.

ZAP // Lusa

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