A Lança do Destino que foi usada na crucificação de Jesus Cristo já inspirou muitas lendas e fascínio por parte de líderes históricos.
Todos conhecemos a história da morte de Jesus Cristo, mas um detalhe que passa ao lado de muitos é a “Lança do Destino”, também conhecida como “Lança Sagrada”, que foi usada para esfaquear o o filho de Deus crucificado e ditou o golpe final para a sua morte.
Há várias curiosidades em torno deste objecto, que está envolto em quase tanto misticismo como o Santo Graal, relata o History.
Um dos factos mais curiosos é a lenda de que a Lança do Destino tem superpoderes e torna quem a possui invencível, sendo a chave para o domínio do mundo. Nos séculos VIII e IX, Carlos Magno, o primeiro imperador romano, supostamente terá empunhado a lança em 47 campanhas militares bem-sucedidas. Reza a lenda que, numa ocasião, deixou cair a lança, e morreu no momento imediatamente a seguir.
O rei alemão Henrique I também terá tido a lança na sua mão, assim como vários outros monarcas germânicos, incluindo o famoso rei guerreiro Frederico I do Sacro Império Romano-Germânico, na segunda metade do século XII.
Frederico conquistou metade da Itália e partiu para a Terceira Cruzada. Na Turquia, em 1190, enquanto viajava para lutar na Terra Santa, também terá tido um desfecho trágico — deixou cair a lança num rio e afogou-se minutos depois.
A obsessão de Napoleão e de Hitler
A lança terá sido recuperada do rio e, em 1424, o imperador Sigismundo ordenou que fosse levada para Nuremberga e que lá ficasse guardada.
Algumas centenas de anos mais tarde, na França napoleónica, um outro imperador estava a planear roubá-la. Em 1796, as forças comandadas por Napoleão Bonaparte atacaram Nuremberga em busca da lança, mas esta já tinha sido levada, assim como outras relíquias antigas, para Viena.
Napoleão estava determinado a capturar a Lança Sagrada após a Batalha de Austerlitz em 1805, mas esta já sido contrabandeada para fora de Viena antes da batalha. Com o fim da guerra em 1815 e a morte de Napoleão, a lança voltou para a capital austríaca e lá ficou até hoje.
Outra figura histórica fascinada com a Lança Sagrada foi Adolf Hitler. Nos anos antes da I Guerra Mundial, um jovem Adolf costumava sentar-se durante horas no Museu Hofburn, em Viena, até ao dia em que viu uma exposição que o próprio admitiu que mudou a sua vida para sempre. O artefacto em causa foi a famosa Lança do Destino.
Quando Hitler tinha vinte e poucos anos, conheceu Walter Johannes Stein, um filósofo e especialista no Santo Graal. Stein afirmou mais tarde que acreditava que Hitler era um feiticeiro negro, obcecado com o seu destino pessoal de exercer grande poder. Hitler disse a Stein que era a própria Lança Sagrada que ele via como a chave para o seu futuro poder.
Após os nazis anexarem a Áustria, a lança foi colocada num comboio especial e levada para Nuremberga sob a guarda da SS. Sete anos depois, com o fim da guerra, as forças americanas localizaram e tomaram posse da lança apenas duas horas antes de Hitler cometer suicídio, a 30 de abril de 1945.
Lança tem um prego de Cristo
A lança inclui ainda um prego de ferro que é considerado um prego real que foi martelado em Cristo na cruz. O prego é conhecido como o “Prego de Nosso Senhor”, e o punho de ouro que ainda está preso do lado de fora da lança tem uma inscrição em latim que se traduz como “A Lança e o Prego do Senhor”
Existem quatro lanças que afirmam ser a Lança Sagrada, que estão atualmente Armênia, Polónia, Itália e Áustria. A lança de Viena é a mais famosa e ainda hoje está em exibição no Tesouro Imperial do Palácio de Hofburg.