Estela Silva/Lusa
Candidata Natacha Meunier não gostou do que ouviu por parte do representante do Chega, numa sala cheia de alunos.
Esta terça-feira foi dia de debate político numa escola em Vila Nova de Gaia, que contou com representantes de Chega e PAN.
Não temos indicação do que foi exactamente dito pelo candidato do Chega às legislativas, neste encontro realizado na Escola Básica D. Pedro I.
A julgar pelo comunicado do PAN enviado às redacções, foi repetida a ideia anunciada por André Ventura: acabar com os apoios às associações ligadas à identidade de género – ou de “ideologia de género”, como descreve o Chega.
Natacha Meunier, que está na lista do PAN para as legislativas pelo círculo eleitoral do Porto), não ficou indiferente a este assunto.
“Estamos a falar para uma sala cheia de alunos. Não consigo compactuar com esta visão de que não existe uma função do Estado de apoiar associações que desenvolvem programas importantíssimos na área da identidade de género e da inclusão social”.
“Estamos a falar de pessoas que, ao longo de décadas, foram ostracizadas por terem uma identidade de género diferente da norma. E estamos aqui a falar como se estivéssemos a regressar ao século XIX“, continuou Natacha Meunier.
“Estamos aqui a dizer que estes jovens não têm lugar para existirem na sociedade? Que não têm de ser apoiados e que não tem de haver associações a continuarem este trabalho de inclusão social, de inclusão de identidade de género e da liberdade de identidade de género? Desculpem, mas não consigo compactuar com isto!“, terminou a candidata do PAN.
Este momento surgiu um dia depois de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, ter abandonado um debate em Coimbra por causa do candidato do Chega presente na sala.
António Pinto Pereira tinha falado sobre a população imigrante em Portugal e disse que as mulheres eram “uma das camadas mais frágeis da sociedade”.
Ana Abrunhosa explicou que não podia “compactuar com um discurso xenófobo e racista que ultrapassa todos os limites de tolerância em democracia”.
“Não poderia compactuar com alguém a dizer que a maior parte das pessoas do nosso país não vão falar português e não vão saber o hino nacional“, apontou Ana Abrunhosa.
Embora entenda a posição da representante do PAN e do PS, discordo do método escolhido, virar a costas ao debate.
Fica a sensação que o faz por não ter argumentos nem poder, porque se o tivesse , estaríamos de volta à censura.
Estou incrédula com tudo isto.
Como é possível que pais e encarregados de educação de alunos de uma escola básica, permitam que a escola envolva os seus filhos num evento desta natureza?
Pelos vistos, os “paizinhos” só estão preocupados com o cumprimento dos programas curriculares que incluem a disciplina de educação cívica, que consideram “desviante” para os seus rebentos. Nota-se à evidência, a falta que lhes fazem. (aos pais).
Acrescento ao comentário.
…. “desviante” para os seus rebentos, ainda imaturos.
Pelos vistos, no que aconteceu, não anteciparam nada realmente desviante, no mínimo.
Isto da identidade de género é uma ideia absurda! Woke no seu pior…
É isso mesmo. Não debatam. Voltem as costas. Fujam, e quando chegarem ao pé da lareira, digam que estão, oh que horror!, muito ofendidos. Assim sim, conseguirão mudar o Mundo para melhor.
Que cambada…! 🙁
Por mim, nem um voto para políticos que fogem da política. A única coisa para que eles servem, é para mostrar o que *não* se deve fazer.
Lucinda, quanto pagam para defender sempre o PS?
Até destas parvoíces da identidade de género! Woke, no seu pior!
Js
O que não se deve fazer, é dar espaço e conversa à gentalha da natureza desse partido, que se constituiu à margem da legalidade e da democracia, para destruir o que em democracia foi construído.
Gostam tanto da palavra vergonha, eles são a personificação do conceito que envolve a palavra.
São, em si próprios, a vergonha.
Ao contrario desta Senhora, nem todos concordam com o que lhes e dito nas aulas de Cidadania, muitos preferem seguir a Educacao que os seus Pais lhe dao, mas sao OBRIGADOS a compactuar… .
Sra Lucinda
“não dar espaço e conversa à gentalha da natureza desse partido”, mas que grande democrata temos aqui….
Cada atoarda que manda, mais uns votos para o CHEGA… não morda a língua pff.
Snr. Luís,
A democracia não pode ser pretexto para permitir espaço a quem tem uma única ambição : destruí-la.
“Quem os inimigos poupa, às mais lhe morre.”
A democracia custou, muitas vidas e desumanos sacrifícios, durante longo tempo. Partilhei algum desse tempo m, sacrifícios e perdas.
A ingenuidade que propõe só serve para a destruir.
Não temos esse direito. Não quero! Não permito!
O mal não se tolera, nem se aceita.
RECUSA-SE liminarmente. Com todo o desprezo e repulsa, na razão direta dos intentos que os movem.