Cerca de 40 crianças de famílias desfavorecidas foram transferidas do ensino público para colégios privados, no Porto, com todas as despesas suportadas pelo Estado — apesar de haver vagas no Ensino público.
O caso foi divulgado pelo Jornal de Notícias, que salienta que, em Setembro, 44 crianças oriundas de agregados que recebem o Rendimento Social de Inserção foram transferidas do Agrupamento de Escolas do Cerco, no Porto, para os colégios privados Ellen Key e Liverpool.
Estas transferências foram suportadas integralmente pelo Estado, que paga grande parte das propinas dos alunos em causa, embora existissem vagas no Ensino público da área.
Além de complicar a organização das escolas, quando estas já tinham as turmas para o ano lectivo formadas, algumas das crianças envolvidas enfrentaram problemas de adaptação.
O JN salienta que 12 das crianças transferidas já voltaram ao ensino público, por não conseguirem adaptar-se à realidade de um colégio privado.
As transferências terão sido promovidas pela QPI – Qualificar para Incluir, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que acompanha muitas famílias pobres do Porto, nomeadamente fiscalizando os processos de entrega do RSI.
A QPI assinou, há três anos, uma parceria com o Agrupamento de Escolas do Cerco para o apoio a estas crianças desfavorecidas.
Todavia, em 2014, vários destes alunos foram transferidos para o ensino privado.
Cidália Queiroz, directora da QPI, menciona 12 casos, e assegura ao JN que tudo foi feito em nome do “interesse das crianças”.
Mas o director do Agrupamento do Cerco, Manuel António Oliveira, fala em 30 crianças — e em “falta de ética”.
ZAP
Não me admira nada, pois o ex governo do Passos e Portas tinham em mente destruir tudo que era publico e passar para as mãos dos privados amigalhaços, aqueles com cartão, os que investem nas campanhas. Seria bom investigar quem autorizou as transferências das crianças e do . Não sei, mas talvez tivesse-mos ou não algumas surpresas.
K notícia estupida. São pobres mas tem os mesmos direitos.
Pobre e estúpido é o seu comentário!!
Se há vaga no publico, porque temos que ir encher os bolsos dos chulos privados?!
Daqui a pouco fechamos as escolas publicas para depois entregar milhões aos abutres privados (como já acontece em alguns casos – como este!); não?!
Para não continuar na ignorância, sugiro que veja isto: https://www.youtube.com/watch?v=_9vgmMwLXkU
Mais uma negociata!…
Dinheiro publico, para os “mamões” dos privados!…
É muito interessante ver como as pessoas engolem qualquer tipo de discurso, nomeadamento o jornalístico.
Qualificar Para Incluir “uma associação que fiscaliza o RSI…”. Anedótico. Não há nenhuma instituição que cumpra essa função. A dita QPI, como qualquer outra associação que tenha um protocolo com a segurança social no âmbito do RSI, tem como função construir, com os seus beneficiários, projetos de inclusão social.
Em segundo lugar, parece-me muito mal falar das ações de uma instituição sem saber qual os objetivos que se propõe a alcançar e quais os fundamentos que suportam as suas ações. Aconselho vivamente a pesquisarem, como eu fiz, outras notícias e reportagens a respeito do trabalho da associação.
Em terceiro lugar, parace-me que a falta de moralidade está em publicar uma notícia sem dados objetivos: por exemplo, quanto paga o estado por cada uma destas crianças no privado? Será que uma criança a estudar no público custa menos de 1000euros por ano?
Em quarto lugar, porque será que o jornal não se dispôs a procurar (e a publicar) os resultados obtidos pelas crianças nos exames nacionais do ano letivo anterior (já que muitas já haviam sido transferidas para o privado no ano passado) e a comparar com os resultados obtidos na escola do cerco? Ou então procurar informar-se junto das crianças ou famílias em questão, se a mudança de escola mudou alguma coisa nas suas vidas.
Em quinto, não seria mais esclarecedor, se o jornal procurasse perceber quais as condições concretas que as crianças têm numa escola e noutra? Ou seja, que tipo de acompanhamento têm, que trabalho é feito, qual o papel da associação na escola, etc…
Enfim…
Gostaria que houvesse muitas associaçoes como essa QPI, que não se limita a reproduzir a ordem desigual das coisas.