Família está de férias em Portugal e deverá ter de deixar o alojamento no início de outubro. Companhia de seguros terá dito que a criança era caso prioritário, mas não diz nada desde que recebeu um relatório médico, na terça-feira. “É um pesadelo”.
É uma corrida contra o tempo. Um menino de dois anos a ser tratado no Hospital de Faro não consegue regressar ao País de Gales para receber assistência médica devido a atrasos da seguradora, dizem os seus pais.
Theo Jones, de Maesteg, no condado de Bridgend, tem um vírus que está a atacar o seu cérebro, mas por causa do atraso, não pode ser transportado para um hospital em Cardiff para receber o tratamento adequado.
Os médicos e os pais estão cada vez mais preocupados que o seu estado de saúde se deteriore e que a criança nunca possa viajar para casa.
A companhia de seguros AXA Partners disse que estava a preparar a repatriação do pequeno Theo, que começou a sentir-se mal a 13 de setembro, durante umas férias de família em Portugal, e foi levado para o Hospital de Faro de ambulância dois dias depois.
Os seus pais foram inicialmente informados de que o seu filho tinha uma gripe estomacal, mas uma ressonância magnética revelou que o problema residia no cerebelo, uma parte do cérebro.
“O nosso lindo menino falador e ativo perdeu a capacidade de falar, sentar e caminhar“, diz a mãe, Sarah Jones, desolada, acrescentando que os médicos lhe disseram que acreditavam ser um vírus a atacar o cérebro de Theo.
Sarah disse que esteve em contacto com o Hospital Universitário de Gales, em Cardiff, que aceitou a transferência de Theo. Os médicos disseram aos pais de Theo que ele poderia viajar, mas teria de ser num avião médico.
“Agora só precisamos de o levar até lá,” disse a mãe, que está em Portugal com o marido e a filha de cinco meses e deverão ter de deixar o alojamento no início de outubro. A sua companhia de seguros ter-lhe-á dito que Theo era um caso prioritário, mas não atualiza a família desde que recebeu um relatório médico, na terça-feira.
Sarah disse ainda que teve de recorrer ao seu taxista para traduzir alguns dos documentos porque a empresa não tinha um tradutor disponível. Agora, foi-lhe dito que a AXA quer esperar mais dois dias para ver se o estado de Theo melhora, lógica que não compreende.
“Não consigo falar com as pessoas que estão a tomar estas decisões. São uma entidade esquiva dentro da AXA que ninguém parece conseguir penetrar e ter acesso”, disse.
“É um pesadelo. Não é que não tenhamos a cobertura, eles assumiram a responsabilidade. Agora estão apenas de mãos atadas”, afirmou.
A AXA Partners já disse que lamenta que Theo esteja doente e que simpatiza com a família.
“A nossa prioridade é garantir que a família possa regressar ao Reino Unido no momento apropriado, e estamos a trabalhar com a unidade de tratamento para garantir que o filho deles receba o nível de cuidados necessário”, disse um porta-voz da empresa.
“Neste momento, os profissionais médicos estão a monitorizar o seu estado e estamos a preparar a repatriação para o Reino Unido”, sublinhou.
// BBC
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