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Cirurgiões salvam vida de menina de 12 anos cujo estômago se dobrou

ZAP // Piron Guillaume / unsplash; Dall-E-2

O estômago de uma criança da Etiópia dobrou-se, num caso raro que a deixou com dores incapacitantes durante dois dias. O diagnóstico precoce e uma cirurgia urgente salvaram-lhe a vida.

A menina de 12 anos desenvolveu uma condição rara e potencialmente fatal conhecida como volvo gástrico agudo,  em que o estômago, ou parte dele, sofre uma rotação de mais de 180 graus que faz com que o abdómen fique obstruído, bloqueando o movimento dos alimentos através do órgão.

O fluxo de sangue e de oxigénio é também interrompido, um constrangimento que pode resultar na morte do tecido. A condição pode ainda fomentar a formação de buracos no estômago.

Neste caso, que foi apresentado num artigo publicado no International Journal of Surgery Case Reports, a criança conseguiu sobreviver graças ao rápido diagnóstico e a tratamento cirúrgico.

Volvo gástrico

Descrito pela primeira vez em 1886, o volvo gástrico é mais frequentemente diagnosticado em pessoas com mais de 50 anos ou em crianças com idade inferior a um ano. Acredita-se que a doença seja extremamente rara, com apenas centenas de casos relatados em todo o mundo.

Normalmente, a condição é causada por uma hérnia paraesofágica, na qual parte do estômago penetra a cavidade torácica através de uma abertura no diafragma.

Estas hérnias, que podem ser causadas por anomalias estruturais durante o desenvolvimento ou por lesões traumáticas, podem tornar o estômago vulnerável à torção.

No caso da menina. o volvo gástrico resultou da torção do estômago sobre si mesmo, resultado da instabilidade dos ligamentos que prendiam o estômago da criança ao intestino.

Uma vez diagnosticado, o volvo gástrico é tratado através de uma cirurgia em que os médicos desenrolam o órgão, prendendo-o à parede abdominal para evitar qualquer torção futura.

Em casos de alto risco, os médicos também podem aliviar a pressão no estômago do paciente através de um tubo inserido pelo nariz, como foi o caso desta criança.

Seis dias após a cirurgia, a menina teve alta do hospital.

ZAP //

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