Criança de 13 meses internada no São João com diagnóstico de covid-19 retirada de ECMO e ventilador

Manuel Fernando Araújo / Lusa

Hospital de Campanha no São João, Porto

Diretora clínica do hospital não adiantou quando é que a criança poderá sair dos cuidados intensivos, adiantando que está ficará sob observação nos próximos dias.

Depois de 11 dias internado no Hospital de São João, no Porto, o bebé de 13 meses que ali deu entrada com diagnóstico de covid-19 e “alterações cardíacas” já não está ligado à ECMO (Oxigenação por Mebrana Extracorporal) ou a um ventilador, ou seja, já respira sozinho. As informações foram dadas por Maria João Baptista, diretora clínica do Centro Hospitalar e Universitário.

“Foi possível retirá-lo de ECMO ao fim de cinco dias e ontem o bebé foi extubado. Neste momento o bebé está bem”, concluiu. A médica lembrou que quando chegou ao hospital o bebé tinha “uma nomalia de ritmo muito grave que colocava a sua vida em risco, o que fazia com que o bebé estivesse numa situação de choque, de insuficiência circulatória e, por esse motivo, teve de ser ligado a um ventilador, teve de ser colocado em ECMO e logicamente entrou em UCI.”

A chegada do bebé ao Hospital de São João aconteceu após uma transferência do Centro Materno Infantil do Norte. Atualmente, continua nos cuidados intensivos, onde permanece para ser “estudado” e para que a equipa médica perceba a sua evolução ao longo dos próximos dias. Maria João Batista optou por não estabelecer previsões sobre uma possível alta. Ainda assim, garantiu que “não vai estar muito mais dias nos cuidados intensivos”.

“Só desde ontem está a respirar sozinho, portanto vamos dar tempo ao bebé para recuperar. Não vamos ter pressas“, sintetizou. A responsável clínica adiantou que o bebé será submetido a exames e estudos genéticos.

Atualmente, estão oito crianças em enfermarias do Hospital de São João com diagnóstico de covid-19, mas os seus internamentos devem-se a outras patologias, nomeadamente patologia oncológica.

“Nunca é demais recordar que não temos de estar alarmados, mas temos de estar atentos. A covid-19 é uma doença que nas crianças, a maior parte das vezes corre muito bem. A maior parte das crianças são assintomáticas ou têm doença muito leve, mas, na dúvida, deve ser procurado o apoio médico de forma precoce, porque existem formas graves da doença e quanto mais rápido atuarmos, melhor será o prognóstico”, concluiu Maria João Batista.

ZAP //

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