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Credores não aceitaram propostas da Grécia

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FrangiscoDer / Wikimedia

Alexis Tsipras, Primeiro-ministro da Grécia

Alexis Tsipras, Primeiro-ministro da Grécia

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, criticou hoje a posição de “determinadas instituições”, visando o Fundo Monetário Internacional, que não aceita as “medidas compensatórias” que a Grécia tinha proposto, diz uma fonte governamental grega.

Dirigindo-se aos seus colaboradores antes de deixar Atenas com destino a Bruxelas, onde deve encontrar-se com os dirigentes dos credores (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI), o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras queixou-se “da insistência de certas instituições credoras que não aceitam medidas compensatórias”, indicou esta fonte citada pela AFP.

Tsipras referia-se ao FMI, que, segundo o Governo grego, não aceita algumas das propostas apresentadas, indicou uma outra fonte governamental à AFP.

“Esta recusa repetida de medidas compensatórias nunca aconteceu antes – nem no caso da Irlanda, nem no caso de Portugal“, diz Tsipras num post no seu Twitter.

A Grécia está a cerca de uma semana de ter de pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI, a 30 de Junho, e, sem um acordo, continua sem ter acesso à última tranche do programa de resgate – de 7,2 mil milhões de euros.

Esta segunda-feira, a Grécia apresentou um conjunto de propostas que incluem restrições imediatas nas reformas antecipadas e aumentos de impostos e das contribuições das pensões.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou na altura que “as propostas de Atenas chegaram com atraso, mas são um passo importante”, e disse esperar que a reunião do Eurogrupo desta quarta-feira consiga alcançar um resultado para ser apresentado na sexta-feira ao Conselho Europeu.

Caso as propostas apresentadas não sejam aceites pelos credores, a Grécia corre o risco de não receber financiamento para pagar as dívidas de curto prazo e entrar em incumprimento.

Entretanto, o governo grego rejeitou já hoje uma contraproposta apresentada pelos credores a Atenas, incluindo sobretudo exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI), indicou à France Presse fonte governamental grega.

Segundo Atenas, “esta contraproposta insiste num aumento das receitas do IVA e em cortes mais significativos na despesa pública.

ZAP / Lusa

3 Comments

  1. Vai para 5 meses e a montanha acabou por parir um rato…
    As medidas não serão ratificadas em sede parlamentar e ainda que venham a ser não pronunciam a tardia organização das contas públicas, tão pouco gerar confiança para que os próprios gregos recoloquem as suas economias nos bancos…
    Aquilo tem sido mais conversa de “intruja” daquelas no botequim lá por trás das moitas… Os outros é que têem sido “tansos”…
    Tal como os gregos são descendentes do berço da democracia, também um bebé tem os seus encantos mas ao longo da vida pode vir a tornar-se um parceiro pouco recomendável!

  2. Mantêm a dignidade, Grécia. Vira costas a estes chulos e vai mas é ter com a Rússia. Sinceramente começo a duvidar de que seja pior… E mal por mal, ao menos varias de veneno. Firmeza!

  3. Russia? Vai de cavalo para burro, a russia de Putin não passa de um bando de mafiosos. O Putin não vai dar um cêntimo aos Gregos e sim, vai-lhes tirar o pouco que ainda têm.

    Se quer sair que saia, se calhar é o melhor, mas que faça como a Islândia, que siga sozinha o seu próprio caminho.

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